domingo, 14 de novembro de 2010

Somos

Palavras. Cruzadas, interconexas, trocadas, ditas, pensadas, sentidas, arquitetadas, construídas, pintadas, arejadas, armadas.
Ideias. Trocadas, de mãos dadas, postas, discutidas, corroboradas, chegadas de surpresa.
Chegadas. Abraço, beijo, carinho, cumplicidade, preferência, não partida. Se partida, não afastamento. Se afastamento, não muito. Muito. Carinho, troca, intercâmbio.
Companhia. Próxima, virtual, alheia, conjunta, sabida. Sapiência, teorias, práticas, deleite.
Leite, café. Café com leite. Mate com limão, se preferir.
Camisa.Vermelha.Eleição.Projeto governamental. Folha de São Paulo. Correspondente além-fronteira, silêncio, tribunal.
Causa. Perdida,Ganha,Suspensa.
Presente. Qualquer um. Chocolate. Chico Buarque e Vinicius de Moraes. Música. "Está chegando a hora de dormir". Boa noite, partida. Signos. Mais tempo. Nunca afastamento.
Interconexão, troca, dizeres, cumplicidade.
Mãos dadas, alheias. As nossas.
Chegadas de surpresa, não partida.
Preferência. Ficou.

domingo, 7 de novembro de 2010

Gracejo

São gracejos, pedaços de graça. Xinga e sorri. Conta caso e sorri. Sorri, só ri. Eu sou rio, que vai seguindo pela tua correnteza rumo a algo indecifravelmente bom. Vou tanto ao sabor do acaso que me desmancho e antes rio, me transformo em gargalhada levado feito barquinho de papel.

Eu tenho achado doce, apesar da impossibilidade. Os obstáculos são evidentes, não sei como ultrapassá-los, nem sei se quero. Melhor deixar correr solto, a imagem do barquinho de papel é excelente. Leve, sendo carregado, fico assim tranquilo, se o rio for você. Se rio, eu. Se gargalhamos. Talvez o destino final nos contemple imagens juntas, uma imagem ao final, na reta de chegada; somente para brindar a essa história torta, doce.

A descoberta do meu eu tranquilo, aceitando com tanta felicidade o que me é oferecido, não me esforço. Ninguém tem a miníma idéia do quanto é complicado ficar nessa inatividade. O sentimento é daquela hipocrisia dita, freio minhas emoções em função de uma vida alheia, vidas alheias. Rio seguindo reto para não tocar na areia e destruir eventual castelo.

Esse castelo que eu desejo do fundo da minha alma que fosse minha morada. Na morada, que eu queria. Fácil deitar a cabeça e descansar nesse travesseiro-ombro-confessionário de perfume bom. Não há problema, é somente imaginação. Daqui a pouco, há o encontro e eu finjo e rio. A condição é suspensa. Aquela música diz que é somente um desencontro, vamos ver por esse ponto. Realmente, o seu gracejo faz com que esteja no rol das pessoas especiais.

Bom encontro é, realmente, de dois.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Harmonise

Tudo começou com sacrifício. Abandonei meu querido bar da fábrica para subir o morro rumo à por mim detestada Privilège. Era aniversário daquela que viria, mais tarde, a ser responsável por grande parte do meu aniversário desse ano ter sido tão mágico. O objetivo àquela época era, confesso sinceramente, mais uma aposta de fichas em "última chance" com outra cidadã que por lá estava, apriorístico dizer que a comemoração era pretexto.
A comemoração acabou sendo pré-texto para essas linhas de agora. Eu cheguei, encontrei-a e quis duvidar. Afinal, aquele sorriso aberto logo no nosso primeiro encontro e uma sinceridade inquestionável no "Andrey, que BOM que você veio". Foi senha para eu ficar à vontade e nos dias seguintes ser criada uma relação de cumplicidade. Hoje, eu digo: estranho seria se eu não me encantasse por ela.

"Eu estava acorrentado a um pretérito imperfeito e de algum jeito improvável, você me trouxe à superfície pra que eu voltasse a pulsar.". Ela recuperou minha fé em ações, atitudes, pensamentos e autoconfiança que eu por vezes chego a abandonar. Alguns desses tópicos foram mesmo abandonados temporariamente e ela trouxe a tona. Jogou meu maldizer na lona e tem feito valer a pena. Ela mostra que relacionamentos podem ser levados a sério, independente de tempo. E que inconformismo é vital para a renovação de possibilidades. Ela me faz pensar. Em mim, nela, na humanidade, política, direito ou qualquer outro assunto que surja no encadeamento do diálogo. Uma lembrança puxando a outra e quando ver são 4h da manhã de outro dia. E o "boa noite" vem para coroar, vício de toda noite e virtude para bom sono.

Harmonise para o trocadilho fazer sentido. Ela "é o triunfo da minha esperança sobre minha experiência". Além dos motivos expostos anteriormente, junta princípios, inteligência, bom-humor e beleza. É leve, faz ficar leve, mesmo sendo "mandona". Delicadamente desbocada. Sutilmente intransigente, persuasiva. Um doce até no mau-humor. Como o som que ouço são as gírias de seu vocabulário: super curto loucamente.

A vida tem sido mais fácil, quando eu penso na palavra: harmonise. A grafia é errada, mas o sentido é perfeito. São os olhos fechadinhos quando sorri e ótima companhia para sambar. É alguém que eu conto, no meu filtro seletivo do Caio F.

"De onde vem o sentimento de que a sua história, absolutamente nova, é como um livro que releio aos poucos e, ao longo das páginas, apenas recordo trechos que esqueci". É estranho, mas realmente já me sinto como um amigo de outras vidas.O Ritmo rola fácil.  É Encantamento piegas-juvenil mesmo. Puro. Um querer estar ao lado, que seja assim, sempre.

Leonina. Guerreira. Que faz um escorpião abaixar a cauda com o veneno, não por medo, por respeito. Por deferência. Se fosse samba, "é brilho demais para um só olhar". Se fosse rock, rural. Sá.Rodrix.Guarabyra. Se MPB, Vinícius e Amor de Índio.

"Admiro sua força para engolir lágrima por lágrima como se essa cena não fosse interferir eternamente em cada prefácio de amor futuro.". E toda a teoria, não poderia deixar, discutida sobre isso. A prece é para que continue assim: novidade com gosto de já saber de outras vidas, eterno com gosto de renovação diária.

"No inverno te proteger
No verão sair pra pescar
No outono te conhecer
Primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar e andar junto"

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Se deixa...eu me deixo.

O dia amanheceu chovendo e a saudade me contêm
O céu já tá estrelado e tá cansado de zelar pelo meu bem


Acordou com essa chuva de meio-outubro com algum cheiro de um setembro doce, quando ela apareceu. Ou simplesmente se mostrou. Conviviam há meses, mas não se enxergavam. Ele enxergava. Ela avistava palavras diferentes. "Amor", foi o que ele pensou. 'Confiança", foi o que ela guardou.

Os dias estão passando, a proximidade aumentando. Não há nada racional que convença da união dos dois, pero nada afirma o contrário. Dúvida no caminho, pagamento pela pureza. Ela saindo de machucados relativamente recentes; ele com uma vontade enorme de dar um beijo para sarar.

Ela bebendo e fumando para esquecer. Ele lembrando dela para inspirar.
A torcida é para que as coisas encaminhem para um passo mais concreto, esse mundo tem a mania chata de desviar rotas de uma hora para a outra, ou será acerto?

Amor eu gosto tanto, eu amo, amo tanto o seu olhar
Andei por esse mundo louco, doido, solto com sede de amar
Igual a um beija-flor, que beija-flor,
De flor em flor eu quis beijar
Por isso não demora que a história passa e pode me levar 
 
 
 
* as partes em itálico são da música "Outro lugar", cantanda divinamente por Milton Nascimento.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Destinatário da lágrima

Não me diga que seu romance durou a exorbitante quantidade de sete dias. Sua esperança decaiu de plano em uma semana, as fantasias foram vendidas antes do décimo dia do prazo. Você está mal novamente, apesar de toda a minha teoria. Eu quis te avisar.

O seu não-reconhecimento-a-mim talvez se dê pelo fato de que nada deveria ter um nome por medo que esse nome o transforme. Você falou aquela palavra com 5 letras começada com a letra "A", como diria o Gessinger. As especulações filosóficas são muitas. Adeus? Amigo? Ambas, quem sabe!? 

O clichê do "não quero te magoar" é a coisa mais odiosa de todo o imbróglio, visto que a tentativa é instituto bilateral. Eu quero também poder escolher se deixo você me magoar ou não. Algumas pessoas são incapazes de magoar outras, você é uma delas. Porém, sempre que venho a interagir com idéias assim, logo me vem uma vontade de "desisto, tudo bem.". Porque se a afirmativa é negativa "não quero te magoar", há uma concepção positiva de que você irá fazê-lo. E geralmente as pessoas fazem.

Acho que perdi a prática de inverter o ônus da prova. Ficar conformado também nunca foi meu sítio. Insistir também não é mais desembaraço, eu não preciso mesmo mais disso. Somente quero dizer, guria, o seguinte: quem te faz chorar não merece tuas lágrimas. Contudo, o destino, inexorável que é, acaba por consertar tudo; pois sou eu aqui cuidando de você, te acarinhando, secando seu pranto. Sou eu quem acabo por ser o destinatário final das tuas lágrimas.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

De Perto

Autocontrole. Foco. Olha, o sinal abriu. É que quando você fala, as buzinas cessam e o motor também quer ficar parado, sem trabalhar, ouvindo a voz. A sua. É autocontrole novamente, te deixo e vou.
Relances de algo que vou procurar evitar, por sobrevivência. Sei bem como termina e a jurisprudência está mais que consolidada. É para manter as mesmas palavras: foco, autocontrole, não posso largar mão disso agora. Posso?

É esse meu jeito para ser carente profissional. Advogo por tanta gente e tanta causa perdida, que quando te encontro as coisas ainda fazem algum sentido. Uma grande amiga e professora dizia que eu não resistia a uma boa conversa e um sorriso torto. Ando resistindo, insistindo nisso, porque eu sei das consequências. O problema todo é diagnosticado, como que por ironia e gozação do destino, por uma banda que vem logo para cá. Os paralamas soltam agora, quando você está sorrindo para mim: "não sei viver só e sem sonhar,sem fé,sem ter alguém. Faz tempo que eu te espero e que te quero bem". Tempo que eu consegui manter as mesmas palavras de antes: autocontrole, foco, resistência.

Mas como carente profissional suicida, eu quero te ver de perto. Nem que seja numa canção ou no coração. Embora seja certo que é um certo querer, um querer-bem que não consegue ultrapassar o "mas". O mais das vezes é isso, não ter controle no querer e mais uma vez, prometendo ser a última, esquecer as mesmas palavras: foco, autocontrole e o que mesmo?

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Uns dias..

Não é pose, nem positivismo, nem qualquer tentativa charmosa para chamar a atenção. rs. O sumiço passa mais por um tempo, ou a falta dele, em que essa vida de adulto me pediu uma atenção a mais. Não pensem que deixei de comer sucrilhos e neuroses, que não passei pela rima e pelo café, que diversas vezes eu não quis falar disso ou que antes de dormir eu não olhei e abracei a "minha" bonequinha de seda.

Eu tive fora uns dias, como diriam os paralamas, numa onda diferente. E provei tantas frutas, sabores, cheiros, restaurantes e coloquei à venda a Casá Pré-Fabricada. O mundo tem disso: roda e a roda viva leva tudo para lá mesmo. Tive que mudar hábitos e habitat. E continuo procurando pelo tal do amor.

Eu ando pedindo forças. Pedindo foco. Só espero que eu não perca o encontro quando fechar os olhos para recuperar o fôlego perdido na procura. O meu coração anda com jeito de bem-me-quer. Agosto passou, setembro quase finda. "Abre essa janela, primavera quer entrar".


Tenho lido processos, procedimentos, ficha limpa. Discutido teses, tentando não julgar pessoas. Venho tentando me entender. Uns dias não consigo, noutros nem tento. As saudades extrapolam esse coração. A vontade é de ficar bilionário e trazer todos, que por aqui passam para deixar seu cheiro, para perto. 

"Que saudades! Agora, me aguardem". Essa é uma volta, uma promessa de não mais abandonar o Agravo de Instrumento. Torço para que as energias estejam positivas. Que a vida ande bonita, apesar de que poderia estar melhor...mas será!

Um beijo especial para Maria Fernanda, Tay, Fê Bellusci, Lua, Rayssa que sempre vinham me pedir algumas palavras. "Eu te procurei para me confessar, eu chorava de amor e não porque sofria.."

sábado, 7 de agosto de 2010

Sonhos de Agosto

Para atravessar agosto também é necessário reaprender a dormir,dormir muito, com gosto, sem comprimidos, de preferência também sem sonhos. São incontroláveis os sonhos de agosto: se bons, deixam a vontade impossível de morar neles, se maus, fica a suspeita de sinistros angúrios , premonições.Armazenar víveres, como às vésperas de um furacão anunciado, mas víveres espirituais, intelectuais, e sem muito critério de qualidade."

 É você, romântica como sonhado, mais sexy que o imaginado. Somos eu e você em um passeio de carro por uma cidade sulista, visto o frio e a nossa tentativa de qualquer comentário sobre a arquitetura do lugar. Você linda, (com seu) sobretudo.

É você sugerindo o café e sentando como sempre se assenta em cadeiras (de bar, de praia, de qualquer lugar). Sou aceitando o calor, não do café, mas das suas mãos nos meus ombros, encaixe perfeito - todo mundo diz.

Somos nós dois viajando sozinhos como eu sempre quis. A descoberta do óbvio de tantos anos, "feitos para durar, uma luz que não produz sombras. Somos o que há de melhor, somos o que dá para fazer". Falamos de sinas -as nossas, que sempre foram se ensinar -, aquele papo de apontar para a fé e remar, frases do quilate de 'devíamos ter feito isso há muito tempo", pedir mais um pedaço desse bolo delicioso, mais uma das nossas conversas de horas, planos que deram certo ou não, darão ou não. A promessa do nosso "para sempre", poucas pessoas conseguem isso. A gente consegue, de alguma forma.

Somos nós dois no quarto. O Ir-Remediável. Remediável para toda dor de uma vida. Piadas internas. Mundo aberto. Soma de duas metades. Afinal, se não tem nada para depois, por quê não eu?




* perdoem a ausência...

Sonhos de Agosto

Para atravessar agosto também é necessário reaprender a dormir,dormir muito, com gosto, sem comprimidos, de preferência também sem sonhos. São incontroláveis os sonhos de agosto: se bons, deixam a vontade impossível de morar neles, se maus, fica a suspeita de sinistros angúrios , premonições.Armazenar víveres, como às vésperas de um furacão anunciado, mas víveres espirituais, intelectuais, e sem muito critério de qualidade."

 É você, romântica como sonhado, mais sexy que o imaginado. Somos eu e você em um passeio de carro por uma cidade sulista, visto o frio e a nossa tentativa de qualquer comentário sobre a arquitetura do lugar. Você linda, (com seu) sobretudo.

É você sugerindo o café e sentando como sempre se assenta em cadeiras (de bar, de praia, de qualquer lugar). Sou aceitando o calor, não do café, mas das suas mãos nos meus ombros, encaixe perfeito - todo mundo diz.

Somos nós dois viajando sozinhos como eu sempre quis. A descoberta do óbvio de tantos anos, "feitos para durar, uma luz que não produz sombras. Somos o que há de melhor, somos o que dá para fazer". Falamos de sinas -as nossas, que sempre foram se ensinar -, aquele papo de apontar para a fé e remar, frases do quilate de 'devíamos ter feito isso há muito tempo", pedir mais um pedaço desse bolo delicioso, mais uma das nossas conversas de horas, planos que deram certo ou não, darão ou não. A promessa do nosso "para sempre", poucas pessoas conseguem isso. A gente consegue, de alguma forma.

Somos nós dois no quarto. O Ir-Remediável. Remediável para toda dor de uma vida. Piadas internas. Mundo aberto. Soma de duas metades. Afinal, se não tem nada para depois, por quê não eu?




* perdoem a ausência...

domingo, 27 de junho de 2010

Palavras

Intensidade. Intensa idade.
Falta de calma, de cama, carência.
Busca por essência e o que mais há de vir.
Advir. Advertência. Vertência. Verter a essência.

Te ver, adolescência.

Saudades, já doces; docê!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sobre ciclos (magnéticos ou não), sinais, sinas e outras estórias

Pediram-me o que mais tenho dificuldades de fazer: ter calma. Como já disse em outras ocasiões, inclusive no Ironia, não aprendi tal palavra-ação quando na tenra idade. Isso me traz problemas, bem sei. Porém, a causa vale a espera. Já dizia minha grande professora de Processo: não gastamos  energia naquilo que achamos ser infrutífero. Pois é, completo com uma frase do já saudoso Saramago: " Há ocasiões que é mil vezes preferível fazer de menos que fazer de mais, entrega-se o assuntto ao governamento da sensibilidade, ela, melhor que a inteligência racional, saberá proceder segundo o que mais convenha à perfeição dos instantes seguintes".

É que as minhas atitudes normais, as quais já estão sendo combatidas pelo fato de aceitar conselhos, seriam chamadas de intensas ou rápidas - com o que não discordo -, embora eu prefira chamar de vontade sutil e verdadeira de estender os braços para tocar você mais um pouco. De tudo, eu espero. Com aquela frase bem cantada em "Cegos do Castelo": Se você puder me olhar, se você quiser me achar e se você trouxer o seu lar..eu vou cuidar, eu cuidarei muito bem dele.

Lembranças com cheiro as de agora. Lembrei daquelas mulheres insanas berrando atrás da gente. Eu pedi para você me proteger, por brincadeira, falando no seu ouvido: "Socorro". E veio proteção verdadeiramente. Porque foi chegar mais perto e sentir aquele cheiro seu. Cheiro que assemelha-se, com certeza, àquele jardim de flores do campo que O Próprio Deus cuidava no paraíso. Inebriante, tranquilizador.
Por falar em Deus, veio mais fé. Na caminhada, e isso é assunto para outro dia, você saberá das minhas inclinações católicas apostólicas romanas somadas à idéia loshermanosianas do Rodrigo Amarante. O Amarante foi questionado sobre a crença do próprio na existência de Deus, no que ele respondeu: "Eu investigo Deus". Digamos que na minha humilde existência também vou nessa, mas com um respeito tremendo, claro. E isso me faz ver que eu tive uma maior sorte que o Saramago. Volto a citá-lo, ele disse certa vez: "Não sou um ateu total, todos os dias tento encontrar um sinal de Deus, mas infelizmente não o encontro". Então, pesando na balança do agora  - quando eu contar das coincidências, você entenderá melhor-; mas por hora:  Tive mais sorte que o Saramago. Eu encontrei um sinal de Deus. Eu te encontrei.

Por isso, só me resta confiar. Vou confiar. Porém, ando diferente desde já. Como bem dizia o Caio Fernando: "Mas sabiam que um ser humano jamais atravessa incólume o círculo magnético de outro".

Sigamos a caminhada...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Quero te conhecer....

"Como dois estranhos,
Cada um na sua estrada,
Nos deparamos, numa esquina, num lugar comum.
E aí? quais são seus planos?
Eu até que tenho vários.
Se me acompanhar, no caminho eu possso te contar.
E mesmo assim, queria te perguntar,
Se você tem ai contigo alguma coisa pra me dar,
Se tem espaço de sobra no seu coração.
Quer levar minha bagagem ou não?"
(Dois -Tiê)



Moça, preciso te contar algumas coisas. Antes, eu preciso me desculpar pelo volume de procuras nos últimos dias; realmente aquela frase está certa: não sei demonstrar interesse. Você irá perceber, com o tempo, que eu alterno nessa questão. Gosto muito e não demonsto ou gosto demais e demonstro em excesso. Acredito que você está encaixada na segunda categoria.

Também estou em um momento leve da vida. Momento de transição. Isso veio confirmar o que senti desde o primeiro ato: foi mágico, mágico e suave, nós dois ali falando praticamente das mesmas coisas. Vivemos muitas experiências parecidas, reconheci páginas da minha própria história através das tuas palavras emocionadas. O beijo veio para selar um encontro, certamente, necessário.

Como nos contamos: sofremos. Por isso, eu tenho o compromisso de não fazê-la sentir qualquer dor. Até as negativas, tuas, que vierem me comprometo que sejam doces. Comprometo-me a deixá-la leve e tranquila para falar de tudo e de todos. Pode me mostrar teus toques de celular inspirados naquele programa de humor, me conta de quando tu era uma pequena esportista e deixo de antemão a promessa: escolho você sempre pro meu time.

Olha, eu tenho cicatrizes que a vida fez. Perdoe qualquer aumento de velocidade ou algum freamento brusco. Com minhas bagagens, eu me viro. Se quiser me ajudar na travessia, eu agradeço. Se quiseres ser parceira, serás bem-vinda. Quero saber o que trazes. Pera, tão bom te ouvir.

Sim, eu também gosto danone, biscoitos achocolatos (já não se fazem mais passatempos como antigamente), descer a Espirito Santo segurando-soltando a embreagem, de sucrilhos, neuroses; afinal, foi no meio disso tudo que você me apareceu. Eu quero que seja leve.
Vai...conta mais. Conta teus planos, conto os meus. Ok, vamos caminhar...quero te conhecer.

Falha no engano?

"Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou (...). Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia (...). Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena. Remar. Re-amar. Amar".

Ei, não corre para longe! Mal começou...
Ei, por quê está indo para essa direção?
Ei, cadê? Como?



domingo, 13 de junho de 2010

Boa semana!

  @caio_fabreu:  Eu e você não acontecemos por uma relação causal, mas por uma relação de significado, que ainda estamos trabalhando.


Que loucura é essa de imaginar? Teus sinais me confundido das cabeças aos pés, como diria o djavan. Como definir o que acontece agora? Será que o Caio Fernando está realmente certo e não adianta mesmo bancar o distante, lá vem o amor nos dilacerar de novo?

Ainda não é amor. Será? É possível? Será?

Boa semana! 

"Eu estou falando de amor e não do que você pensa.
Eu estou falando de amor e não da sua doença".

sábado, 12 de junho de 2010

Das visões

' Mas que seja bom o que vier, para você, para mim. '(Caio F.)


Eram quase 4h, você se aproximou dali. E eu estava ali "em cima". Lembrei da música dos paralamas: "Eu estive fora uns dias, numa onda diferente". Foi exatamente a mesma visão que venho tendo lá da antiga Casa que não fora habitada.

Você sempre ali, sorrindo, dançando, cantando; tendo esperanças que nunca foram para mim. Acredito que fomos a possibilidade de paz que pintou, mas não chegou a ser concretizada. Culpa da vida, diz o Caio. Estranho que eu regava o jardim, sabe? Regava e apareceu uma amiga dizendo que aquela devoção toda poderia ser melhor apreciada por outro alguém. Confesso que, de primeira, eu não dei ouvidos ou letras outras. É que poxa, você era tão encaixe-perfeito para as minhas sinas de vidas imaginadas, que negar todo aquele processo era como desconfiar da existência de um Deus bom.

Porém, Deus é realmente mais. Ouvi essa amiga, que me trouxe Sucrilhos e Neuroses para repensar umas coisas. Ela bem que gosta de ti, você sabe. Porém, ela trouxe uns raios vermelhos para trazer calor nessa vida. Eu não sei muito bem até onde vai. No que depender de mim, me recuso a ser infeliz.
Mas eu quero te perguntar: o que faremos com a casa? A compra a prestações do Sol? A gente coloca à venda? Devolve? Guarda em um relicário?

Ouça: continue com aquele seu melhor sorriso. Boa sorte, sério!

"Que seja doce".

sábado, 22 de maio de 2010

O mundo anda tão complicado

É padre que aparece semi-nu e embriagado dizendo ser vítima de um golpe. É Procuradora Federal que espanca a criança de 2 anos, quando tentava passar pelo crivo do conselho tutelar para adotar tal menina, sem contar a questão dessa mulher pensar na possibilidade de ofecerer o pequeno ser em sacríficio. É a honra não valendo tanta coisa, é a honestidade sendo motivo de risos.

É para contrariar isso que eu quero ter aquela 1 hora do dia que paro o carro fazendo uma vaga jamais vista, para passar 20 minutos com você. É para fugir da loucura que me apego nessa fé que me faz otimista até demais, acreditando que seremos doces. Já somos. Somamos.

A vida anda muito corrida, pesada com as atribuições. Peso, eu sei, que escolhi. Abrindo mão de algum tempo para ser excelente naquilo que exerço.Por isso, do fundo do meu coração, agradeço demais por tornar as coisas mais leves com esse sorriso de suspender qualquer mal do mundo.


"Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer tudo por você."

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Refrão de Bolero

Nós poderíamos ser amantes que bebem champanhe pela manhã aos beijos num hotel em Paris; é o que o Caio Fernando está dizendo aqui e eu concordo. Nós poderíamos ser tantas coisas.


Nós poderíamos ser os melhores amigos apaixonados, os melhores cúmplices de viagens à lua dentro do nosso quarto (ou da sala, por quê não?). Poderíamos ser os caminhantes-de-mãos-dadas daquela praia de areia branca de Cabo Frio ou litoral paulista ou qualquer outra praia maravilhosa (mas que, de fato, não seria tão maravilhosa quanto você. Seria apenas moldura). Nós poderíamos ser autores daquele crime perfeito. Poderíamos ser a capa de jornal, melhor: capa de livro de romance bem sucedido no século XXI, quando todos desacreditam de romance-amor.


Poderíamos. Sucumbimos ao mal do século: "não quero me envolver pessoalmente com ninguém".  É que eu fui realmente sincero como não se pode ser e, talvez, por isso eu te afugente tanto. Você corre de um abraço de braço só que te envolve, porque no outro braço está seguro o mundo prontinho para te entregar. Você se nega, afinal, com tanta facilidade é bem mais fácil escolher sofrer, realmente. É mais fácil ser triste.


Me perco ainda nos nossos planos, não tanto quanto me perdia em nossos beijos. Queria a possibilidade produzindo efeitos. Me cansa esse "quase" de toda hora ter que contar os minutos pelo teu regresso. Ainda me bate a esperança ver-te atravessar a porta e dizer: "Vida minha és Tu".

Adivinhe, você. Eu que não bebo, estou aqui nesse bar. Bar nosso, lembra? Falando com o Ceará, aquele garçom que viu nosso primeiro beijo. A noite vem chegando, eu tenho que ir para casa. A nossa, também está lembrada?

Antes, ardia à noite. Agora, adio o dia.


Coração na mão como um refrão de um bolero
Eu fui sincero como não se pode ser.
Um erro assim, tão vulgar, nos persegue a noite inteira
E quando acaba a bebedeira ele consegue nos achar num bar
Com um vinho barato, um cigarro no cinzeiro
E uma cara embriagada no espelho do banheiro
(Refrão de um bolero - Engenheiros do Hawaii)
 
 
* Texto fictício, deixando claro hehe (coisa rara aqui no Agravo)
** Outros que cantaram o refrão! (Postagem Coletiva)




quinta-feira, 8 de abril de 2010

Nosso Mundo

Hoje, foi um dia fantástico. É que junto com o Carteiro, o Tempo também bateu à porta. Recebi teu convite de casamento. Minha primeira namorada vai se casar com outro cara, antes daqueles quinze anos que a gente, um dia, num show do Jota Quest, haviamos combinado. Pelas minhas contas, ainda havia oito ou dez anos de prazo. Me pego rindo por lembrar dessas coisas.

É fato que, hoje, estamos bem melhor assim. Ainda que fôssemos uma bela dupla, dois seres de signo escorpião, com toda essa transcendência inerente ao fato; ainda que você quase quebrasse meus dedos quando os estalava, ainda que você de tpm fosse uma péssima companhia para ir aos shoppings de BH; você sempre foi a melhor companhia pros Pop Rocks, ou para ouvir a Rádio Cidade de vocês ou simplesmente um bom motivo para eu sair da aula, naqueles idos anos de 2003, pegar o ônibus, passar o sábado aí, voltar domingo...como se fossem férias.

Agora, estou eu aqui com teu convite de casamento na mão, ouvindo o Frejat cantar:
"
Se eu ainda soubesse como mudar o mundo, se eu ainda pudesse saber um pouco de tudo, eu voltaria atrás do tempo. Eu não te deixaria presa no passado e arrumaria um jeito pra você estar ao meu lado de novo. Eu voltaria no tempo. Pra voltar pra ontem, sem temer o futuro e olhar pra hoje cheio de orgulho. Eu voltaria atrás do tempo. Os nossos erros seriam apagados, nossos primeiros desejos ressuscitados. E de novo eu voltaria no tempo. Eu não te deixaria desistir tão fácil e não te negaria nenhum abraço. De novo eu voltaria no tempo."
 
 Não que eu queira voltar atrás, "revirar os sentimentos revirados". Afinal, hoje meu coração já está refugiado, já estou em vias de me mudar para outra Casa. E teu noivo é realmente um cara bacana, como eu sempre disse: um bom homem bom é o mínimo que você merece! Somente, queria deixar claro que você foi e é importante. Meu primeiro contato realmente com essa coisa de "amor". A primeira que fez valer a pena todos os esforços; me pego refletindo se não foi  a única, sem contar a possibilidade de paz de agora.
Eu voltaria, saiba, naquela conversa de telefone em que você disse que a distância atrapalhava, e eu concordei. Concordei por puro orgulho de "não correr atrás", porque me ensinaram que homem não corre atrás. Agora vejo que foi perder você para eu aprender que eu tenho que baixar a guarda, fazer concessões e dizer, SIM, quando eu quiser algo ou alguém. Então, obrigado por você ter sido quem me iniciou nesse aprendizado todo. Eu quero agradecer.
Agradecer, sim, por todas as vezes que você me atendeu prontamente no telefone, MSN. Agradecer por até hoje me tratar com tanto carinho, por gostar da minha família, por conversar com a minha mãe e fazê-la rir sozinha em frente ao PC. Agradecer por todos os pop rocks, por ter admitido que eu estava certo quanto ao Nando Reis fora dos Titãs, por ainda discutir comigo que Forfun não é banda e que os Los Hermanos são muito bons.
Agradecer pelo convite, por ainda me considerar importante para o momento. Pra você, nessa vida, o que você ama: diariamente!!




sexta-feira, 2 de abril de 2010

Para quando você voltar

Fotos pra te reter. Luas pra te esperar.
Quando você voltar aqui pra Casa, você sabe como chegar, certo? Se não sabe, ai vão algumas dicas: entre aqui nesse abraço sem pedir, apenas encaixe. Você sabe que não resisto aos teus olhinhos semi-puxados, esse teu sorriso bobo e essa pequeneza física que esconde paradoxalmente esse teu coração gigante.

Caso eu esteja dormindo, vá tirando meu braço e se encaixando. Cantando o teu encanto pra me encantar sob a letra de "por onde andei, enquanto você me procurava? Será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava?!". Se tu fizeres isso, amanhecerei sorrisos e doce derretido. Prometo meu melhor sorriso, beijo e carinho. E com certeza direi que VOCÊ é tudo que me faltava.

As saudades andam apertando o coração. Tenho me colocado por entre provas a serem corrigidas, matérias a serem estudadas, processos a serem resolvidos. Tenho me dedicado aos amigos, às tuas margaridas aqui no jardim, ao seguro do carro, a ser filho, irmão, tio, neto, fã de skank e sambista. Tenho pensando em você, cantando que "daqui a um mês, quando você voltar, a lua vai estar cheia e no mesmo lugar". E além disso, espero que seja um domingo que eu esteja contando pros vizinhos como foi excelente o show do Skank ao teu lado.

Quando você voltar, prometo os dias só pra você. E as biografias escrever-se-ão juntas. E o Tom cantará por mim que haverá menos peixinhos no mar do que os beijos que darei...


Quando o sol de cada dia entrar
Chamando por você
Querendo te acordar
Vai ter sempre alguém pra receber
Fazer o seu jantar
Dormir no seu sofá
Alguém pra olhar a casa
E alguém que regue o seu jardim
Até você voltar
E como é normal acontecer
Se num entardecer a dor te visitar
Vai ter sempre alguém pra socorrer
Fazer o seu jantar
Dormir no seu sofá
Enquanto a noite passa por mim
Eu rego o seu jardim
Você já vai voltar

terça-feira, 30 de março de 2010

Me revelar



Tudo aqui!
Quer me revelar
Unhas roídas
Ausências, visitas
Cores na sala de estar...

O que eu procuro
O que eu rejeito
O que eu nunca vou recusar
Tudo em mim quer me revelar

sexta-feira, 26 de março de 2010

Moça, olha só o que eu te escrevi

Moça, diz bem pra mim: Como vai você?

É preciso força, realmente, para perceber que a estrada vai além do que se vê. Por isso, prometi compreender teu tempo e assim farei. Por enquanto, vou cuidando das minhas bases, da nossa sala de estar por aqui (para quando voltar e resolver tomar nosso café pra me dar seu veredicto), cuidando também do seu jardim de margaridas...afinal, você já vai voltar.

Porém, quero te contar do que anda acontecendo. Mudei de estágio. Sim, sai com muito pesar da Defensoria Pública, deixei bons amigos, uma mestra e um excelente ambiente social. A estrutura de trabalho não era das melhores, mas nunca conheci tanta gente do bem, trabalhando para a sociedade e orgulhosos do que fazem. Aprendi muito mais que processo, aprendi procedimento humano. O valor que uma conversa de 20 minutos tem na vida de gente que sequer é enxergada daquela porta pra fora. Confesso, fiquei receoso de sair. Afinal, estou me debandando para "o outro lado".

Amanhã, sexta-feira, começo na Advocacia Geral da União. Vou para o setor de Execução Fiscal de Créditos Trabalhistas da Administração Pública Indireta. Nome pomposo para a função a ser exercida na luxuosa Justiça Federal. Acredito que poderei juntar um dinheirinho para o futuro mestrado e quem sabe eu possa te fazer um agradinho lá pelo dia 02 de Dezembro? :)

A faculdade começou pesada. Contudo, estou dando conta e consegui a vaga para monitor de Teorias Contemporâneas da Constituição. Começo a visar com força ao Mestrado.

Estou sentindo tua falta. Fazia um bem danado chegar e ler teus depoimentos, tuas mensagens ou sentar numa escada vermelha e te entregar o Sol. Quero aproveitar o ensejo e informar dos próximos bons shows nessa cidade:
dia 16/4 - Martnalia (CulturalBar)
dia 24/4 - Claudio Zoli (CulturalBar)
dia 01/5 - Skank (Parque de Exposições)
dia 08/5 - O Teatro Mágico ( CulturalBar)

Espero que você volte logo do Spa. E quando você voltar...tranque o portão, feche a janela, apague a luz...e saiba que estou te esperando.

sábado, 20 de março de 2010

Se fizestes cais, eu ancoro


Se te fizestes cais, eu ancoro e lá espero a tempestade passar. Se o lugar me hospedar, fico por lá a vida inteira. Senão, curto mais uns dias, deixo minha passagem e seguirei viagem.

O porto está no coração do viajante, disso não há dúvida.

O que há dentro do meu coração
Eu tenho guardado pra te dar
E todas as horas que o tempo
Tem pra me conceder
São tuas até morrer
E a tua história, eu não sei
Mas me diga só o que for bom
Um amor tão puro que ainda nem sabe
A força que tem
é teu e de mais ninguém
Te adoro em tudo, tudo, tudo
Quero mais que tudo, tudo, tudo
Te amar sem limites
Viver uma grande história
Aqui ou noutro lugar
Que pode ser feio ou bonito
Se nós estivermos juntos
Haverá um céu azul
Um amor puro
Não sabe a força que tem
Meu amor eu juro
Ser teu e de mais ninguém (Um amor puro - Djavan)

Esperando com força e fé!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Pros amigos e terceiros interessados. #Ficadica

" Ela pegou o guardanapo molhado e manchado de maquiagem. Escreveu, dobrou e entregou pra ele junto com a caneta. Sorriu, um sorriso doído mas aliviado. Descalçou os scarpins, disse pro garçon que o rapaz ali pagaria a conta e saiu pela porta do restaurante, sumindo entre a multidão de guarda-chuvas. Ele desdobrou o papel, ainda em transe com aquela sequencia de acontecimentos. E leu: Amor não resiste a tudo, não.
Amor é jardim. Amor enche de erva daninha.
" [Caio Fernando Abreu]

Senhores, escolham bem os seus amores; numa versão mais crescida da frase do Seu Jorge.
Porque amor sozinho não dá conta mesmo. Há de ser parceiro, amigo, reconforto, porto seguro, paciência e tudo isso sem perder a ternura jamais.

Aproveitem os seus amores. Ainda que não estejam 100% da forma que queriam. Saibam valorizar o sorriso delas às 9h40 da manhã. Ou às 6h30. Aproveitem, senhores, aproveitem.

Do contrário, é melhor reavaliar as coisas. E quem sabe colocar a sinceridade pra funcionar. Um tempo para pensar. Se for o caso, ancorar em si. E decidir se continua no barco, na ilha ou parte para outro barco.E aí...remar, re-amar, amar.

"Se perguntarem o que é o amor pra mim, não sei responder, não sei explicar..." (Maria Rita)

quarta-feira, 17 de março de 2010

Enquanto isso, na Casa Pré-Fabricada...

Com a fé:
 
Vou ficar aqui, com um bom livro ou com a TV
Sei que existe alguma coisa incomodando você

Meu amor, cuidado na estrada
E quando você voltar
Tranque o portão
Feche as janelas
Apague a luz
e saiba que te.... aguardo e apoio.


 


[paráfrase à Legião Urbana]

terça-feira, 16 de março de 2010

Outro canto..

Hoje, a postagem está lá no meu outro canto. ;D

sexta-feira, 12 de março de 2010

Dia inteiro

O dia inteiro dedicado a você. Foi a essa conclusão que cheguei agora, pensando no meio desses processos. Vou explicar.



É que, em primeiro lugar, sonhei a noite toda, repito...a noite anterior TODA com você. O término do sonho, às 10h, foi uma caminhada na praia, abraçados. Você perguntava se eu já tinha encontrado "felicidade", perguntava sorrindo. Eu te olhei, você emoldurada por aquele sol sobre a gente e aquele mundo de água ao fundo e respondi beijando-te a face: "Já! Vivencio isso, vivencio você".



E à tarde, eu inventei uma pergunta que eu já sabia a resposta pra te ligar. Na verdade, deu vontade de ouvir tua voz novamente. E voltar cantando, como sempre, "quase nada" (por ser o toque do meu celular quando você me liga) e "você me ligou naquela tarde vazia e me valeu o dia". A Chefe já até entende quando cantarolo.
Lembro agora de um outro momento dos sonhos da madrugada passada. Sou eu falando que te quero bem. Isso significa: quero ver você bem, da forma que for. Para isso, tempo..espaço...sol...casa pré-fabricada, aquecimento, hora certa. PARCERIA.



Daqui a pouco, vou pra casa. Deitar. Descansar um pouco. Recarregar o celular pra filmar umas músicas pra você. Eu estava para escrever "as músicas que me lembram você". Porém, Gadu canta pra você. Em suma, a noite inteira dedicada a ti, menina bonita. O pensamento te mandando boas vibrações transmutados em cobertor de estrelas para te acalmar o sono. "Veja só como a noite cresce em glória". No amanhecer, eu até queria ir vencer a distância, seria ótimo. Respeito, entretando, se isso for contra o tempo certo, que trará sorrisos e certeza de fé.



Quero saber das tuas circunstâncias, quero saber do tanto de coisas que tens para me contar.
Hoje, as companhias serão os meninos - que curiosos já estão para te conhecer-, as músicas tuas na alma minha; a Poesia que é você, sendo lembrado em cada verso da Maria Gadu.



"Deixa estar, que o que for pra ser vigora. Eu sou tão feliz, vamos dividir os sonhos que podem mudar o rumo da história. Vem logo! Que o tempo voa como eu quando penso em você!!"

quarta-feira, 10 de março de 2010

Antes que Termine o Dia

Antes que termine o dia, eu quis te telefonar. Quis te telefonar para dizer que senti muito a sua falta. E que "Fiquei feliz em poder sentir tua falta, - a falta mostra o quão necessitamos de algo/alguém. É assim o nosso ciclo. Eu te preciso.". Porém, o dia está quase findo, são 23 horas.

Antes que termine o dia, eu quis te dizer que cheguei a pegar as chaves do carro para poder ir até aí, tampar pedrinhas na tua janela, para você abrir e eu só dizer: "O que for pra ser, vigora". Ver teu sorriso sonolento e dizer que só queria te ver, pode ir lá descansar porque o dia de amanhã é mais um na tua luta.
Mas antes que termine o dia, quero te lembrar que ainda tem fé por aqui. Que eu ando me pegando tanto com Deus, Santos, Anjos, Estrelas, Sol e o que mais servir de energia para os milagres. É que ninguém mandou você caber tão bem aqui nesse abraço. É que esse teu coração é tão gigante que fico tentando saber como cabe nessa altura aí. Me pego rindo.

Sempre que lembro de você, pequena, me vem uma coisa boa. Algo como... mesmo o dia terminando hoje é bom. Porque antes de terminar o dia, lembro da frase que traz mais esperança-fé: um dia a mais é um a menos pro encontro acontecer. Mas não quero dormir sem antes dizer que te gosto.

Antes que termine o dia, vou em pensamento te beijar a testa. Te cobrir com estrelas. E combinar com o Sol dele aparecer cedinho pra ti, para que comece o dia de amanhã com um bom sorriso e enfrente qualquer obstáculo. 

Feito isso, deixo que o dia termine. Porque amanhã, quem sabe te encontro?

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ps: curtinho, dessa vez. É que o tempo anda tão corrido.

terça-feira, 9 de março de 2010

Mulheres

Espero que ainda em tempo:
Dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher. Eu quero parabenizar a todas que fazem parte da minha vida. Exemplos de como se levar as responsabilidades, de como ter sensibilidade.

Em especial, minha mãe, irmãs, cunhada, amigas (sintam-se todas beijadas), meninas dessa blogosfera que acabaram tornando-se amigas [ Tay, Pam, Maria Fernanda-doce-Probst, Fê Bellusci,  Mel, Du, Babi, Hosana, Robs...todas essas representando as demais]. E mais do que em especial a menina que traz Amor da Cabeça Aos Pés, pra ela: 

 Ademais, tudo que eu poderia dizer...prefiro deixar com o Arnaldo Jabor, vejamos:

Ainda nos meus tempos de graduação em jornalismo na Uerj, fui assistir a uma palestra do fotógrafo André Arruda, que foi do JB, Globo e trabalhava, entre outras coisas, com moda. Em determinado momento da palestra ele relatava a sua experiência em fotografar nu artístico e soltou a seguinte frase: "para fotografar nu feminino é preciso gostar de mulher". Eu sorri, porque na minha cabeça aquilo parecia meio óbvio, mas antes que qualquer um fizesse algum comentário ele completou: Não se trata de gostar de mulher no sentido sexual, ter tesão por mulher nua, essas coisas. Isso pode ter também. Mas se trata de gostar de mulher em um sentido mais profundo. Gostar do universo feminino. Observar que cada calcinha é única, tem uma rendinha diferente e ficar entretido com isso, afirmou. O fato é que eu concordo com o conceito do Arruda sobre gostar de mulher. Não basta ser heterossexual. Para gostar de verdade de uma mulher são necessários outros requisitos que são raros. Por isso a mulherada anda tão insatisfeita. Sensibilidade é fundamental. Paciência também. O homem que não tem paciência para escutar a necessidade que a mulher tem de falar, ou sensibilidade para cativá-la a cada dia, não gosta de mulher. Pode gostar de sexo com mulher. O que é bem diferente. Gostar de mulher é ir além, é penetrar em seu universo, se deliciar com o modo com que ela conta todo o seu dia, minuto por minuto, quando chega do trabalho. Ficar admirando seu corpo, ser um verdadeiro devoto do corpo feminino, as curvas, o cabelo, seios. Mas também cultuar a sagacidade feminina, sua intuição, admirar seu sorriso que é muito mais espontâneo que o nosso. Gostar de mulher é querer fazer a mulher feliz. Levar flores no trabalho sem nenhum motivo a não ser o de ver seu sorriso. É escutar pacientemente todas as queixas da chefe rabugenta, que provavelmente é assim porque seu homem não gosta de mulher.
O homem que gosta de mulher não está preocupado em quantas mulheres ele comeu durante a vida, mas sim com a qualidade do sexo que teve. Quantas mulheres ele realizou sexualmente, fazendo-as se sentirem desejadas, amadas, únicas, deusas, na cama e na vida. O homem que gosta de mulher não come mulher. Ele penetra não só no corpo mas na alma, respirando, sentindo,amando cada pedacinho do corpo, e, é claro, da personalidade. "Para viver um grande amor é necessário ser de sua dama por inteiro", afirmou Vinícius de Moraes no poema; Para viver um grande amor. Para amar verdadeiramente uma mulher o homem deve ser totalmente fiel, traí-la, jamais. Amá-la até a raiz dos cabelos. Admirá-la, se deixar apaixonar todo dia pelo seu sorriso ao despertar e principalmente conquistá-la, seduzi-la, como se fosse à primeira vez. O homem que não tem paciência, nem tesão, nem competência para lhe seduzir várias e várias vezes, esse, minha amiga, não se iluda, não gosta nem um pouco de mulher. Conquistar o corpo e a alma de uma mulher é algo tão gratificante, que tem que ser tentado várias vezes. Só que alguns homens, os que não gostam de mulher, querem conquistar várias mulheres. Os que gostam de mulher, são aqueles que conquistam várias vezes a mesma mulher.E isso nos gratifica, nos fortalece e nos dá uma nova dimensão.
A dimensão da poesia, do amor e em última instância do impenetrável universo feminino. Mas atenção amigos que gostam de mulher: gostar de mulher e penetrar em seu universo, não é torná-las cativas, e sim libertá-las, admirá-las em sua insuperável liberdade. Uma das músicas com que mais me identifico é uma em inglês, É a Have you really loved a woman. É do cantor Bryan Adams. A música foi tema do filme Don Juan de Marco, e em uma tradução livre quer dizer "você já amou realmente uma mulher?". Em toda a música o cantor fala sobre a necessidade de se conhecer os pensamentos femininos, sonhos, dá-la apoio, para amar realmente uma mulher. Essa música é perfeita. Como se vê, gostar de comer mulher é fácil. Agora gostar de mulher é dificílimo. Precisa ser macho de verdade para isso. Quem se habilita?"

(ARNALDO JABOR)
 
Um beijo no coração de cada uma

domingo, 7 de março de 2010

(Re)Conhecemos

28 dias. 1 mês que eles se reconhecem.

Infelizmente não poderei escrever muito agora, porém fica um texto que traduz bastante tudo que aconteceu com O Carinha que via estrelas e A Menina que amava o Sol.


"Penso em você, penso em você com força e carinho." (Caio F.)



sexta-feira, 5 de março de 2010

O que for pra ser...


"Não importa quanto vai durar - é infinito agora.". (Caio Fernando)

E certamente, de alguma forma, assim será daqui pra frente. Por mais que às vezes o horizonte pareça distante, é só lembrar que a dúvida é o preço da pureza. Talvez o Caio Fernando estivesse realmente certo que esse é nosso jeito de continuar juntos, talvez o mais cômodo, contudo o mais eficiente: nada de decisões, apenas paciência. Como bem está cantando o Guns, nesse momento: "just Patience". Daqui a pouco é o Gessinger, com pouca vogal dizendo: Ilex, agora pacience! 

"Uma das coisas que aprendi é que amor só não basta para as plantinhas brotarem, crescerem e ficarem ótimas. (...) hay que trabalhar duro também. Todo dia regar, podar, controlar, lutar contra formigas, caramujos do mal...". Ter paciência, fé; esperar essa chuva desabar, pro céu abrir e vir o sol. Ver você.

É que por esses dias, ando tomando chuva demais. Até gosto, purifica. Anda faltando, apesar de tudo, calor. Calor e claridade solar, dos fortes. A voz meiga, que tem até sido preenchida com mensagens diárias. 23 horas e 50 minutos sendo validadas e legitimadas por aqueles dez minutos entre o ler e responder.

Agora sei não mais reclama
Pois dores são incapazes
E pobres desses rapazes
Que tentam lhe fazer feliz

Olha a Gadu tentando participar da conversa. Tomara que tudo o mais vigore mesmo. Tem que vigorar, ter força, fé, força, fé. Força e Fé. É que nessas linhas desconexas se encontram a certeza: "nos conhecemos muito mais do que imaginamos. De que ouvimos muito além do que dizemos. De que as palavras, às vezes, são até desnecessárias". 

Tentei pensar sobre o Supremo Tribunal, finalizar meus artigos, fazer meus recursos. Esses últimos, consegui. Graças a pressão que me impus de deixar em ordem aquele gabinete. De resto, só penso em uma idéia fixa. Encontro, em algum lugar do tempo.

Queria escrever mais. Porém, basta de desconexão. E a Gadu...não pára de cantar por aqui.........


Olhe só
Como a noite cresce em glória
E
a distância traz
Nosso amanhecer
Deixa estar que o que for pra ser vigora
Eu sou tão feliz
Vamos dividir
Os sonhos
Que podem transformar o rumo da história
Vem logo
Que o tempo voa como eu
Quando penso em você

STF: Gente bacana, inteligente e descontraída.

Ontem, foi julgado o Habeas Corpus referente a manutenção ou não da prisão preventiva do Governador Arruda, aquele do DF, pelo Supremo Tribunal Federal.

Foi uma coisa linda de se ver. Os ânimos estavam exaltados até mesmo entre os ministros do Supremo. Nunca vi uma sessão plenária, com 10 dos 11 componetes, tão quente. Opiniões dadas no meio da fala um dos outros, argumentos sendo discutidos nos pormenores, isso sempre com a bandeira levantada versando sobre "o agente público não tem privilégios, sim prerrogativas". Claro, isso pode ser em sentido material, já que a Constituição Federal prevê a igual de todos perante a lei. 

Porém, o Arruda obteve privilégios. Obteve o privilégio de escancarar para quem quisesse ver o racha que existe no Supremo. Por mais que a votação tenha recaído em 9 a 1 para o indeferimento do HC, ou seja, 9 votos a um pela manutenção da prisão preventiva do Arruda; os ministros conseguiram trocar farpas, com as devidas venias, de praxe. Conseguiram com um decoro e uma ironia de fazer inveja, criticar de forma áspera. A justiça brasileira saiu ganhando, foi um importante precedente na nossa jurisprudência no tocante ao julgamento de agentes políticos, agentes públicos. Porém, a cada plenária importante, a unicidade do Tribunal Máximo vai ruindo. Como tudo nas relações interpessoais, se existir o ego...tudo vem a baixo.

Na madrugada


É que são 02:41 de quinta para sexta. Voltei além da hora recomendável.

Pensando mais do que a conta para uma hora dessas. 

É que são 02:42. Minuto a minuto, me vem a única idéia na cabeça: FÉ!

Só isso para segurar a barra, a onda, a over. Provavelmente amanhã vou querer apagar isso. Ou não.
Porém, a idéia original desse blog era justamente essa. Publicar o impublicável, os devaneios que vêm e pegam a gente no contrapé de uma madrugada modorrenta e insone. Sem sono e sem som. Porque até a Gadu começa a me lembrar que não haverá presença, ne me quitte pas. Nem drink no dance, nem uma bela flor em um altar particular. Vamos para um lounge? (Melhor seria para longe)

De tudo, são 02:44. Vou tentar dormir...e, quem sabe, com alguma sorte...te visitar, em sonhos.

terça-feira, 2 de março de 2010

Mais do mesmo...de antes...;D

 


Babizinha disse... E se o amor fosse um rascunho assim como tu ensaias e a descreve em teus textos, usava a saudade como desculpa e ia de encontro marcado para passar a limpo os versos cantados em sonho e enfeitar o céu dela.  [ 2 de março de 2010 15:43 ].

A Babi deu a idéia, na verdade ela deu gás para a idéia que venho articulando. Viu? Quem diz é o Povo. O Povo é a Voz de Deus, não é isso?! Então, parece que Deus, os astros, sinas e fados estão permitindo o encontro. E permitir algo que eu quero muito (não) é muito recomendável.
Estive pensando sobre isso. Como fazer? Bom, eu vou.....eu vou......ir pro jogo do Tupi com o Cruzeiro e levar uma placa: " Menina do Vestido(Verde, Branco, Amarelo, enfim..que traz cor para a minha vida), QUERO TE VER". Melhor....eu vou....para a porta do teu cursinho, com milhões de balões amarelos, para no meio dessa chuva que teima em cair sobre Juiz de Fora, eu possa te trazer um sol, ainda que simulado por todos aqueles balões amarelos. O calor? Vem com o abraço que eu vou te dar, quando eu te ver. A Luz? Do teu sorriso!

Eu vouuu...aprender inglês, russo, aramaico, mandarim, espanhol, francês...para falar com a maior parcela possível dos Chefes de Estado, para baixarem resolução pela ONU no seguinte sentido: " Declaramos a norma universal: De agora em diante, está PROIBIDO ficar longe de quem se quer bem por mais de três dias. Parágrafo Único: Na iminente dor de saudades, é obrigatório o remédio do reencontro em menos de vinte e quatro horas".

Eu vou escalar o Everest e colocar uma foto sua lá em cima, se você demorar a me encontrar. E ainda fazer piadinha com " mão fria, coração quente". 

Eu vou peticionar pro Supremo Tribunal mandando intervirem no Distrito Federal e, de quebra, mandar as forças armadas para tirar você da sua casa e te trazer aqui.

Eu vou a pé a Salvador, como diz o Frejat. Eu vou ficar desenhando teu nome no papel da Defensoria (como se eu já não fizesse isso). Eu vou fazer manifesto pela paz mundial, eu vou decorar Vinicius para recitar pra você. Vou falar pro Carpinejar escrever sobre a gente, igual fez a Tay (embora eu duvide que o texto chegue aos pés daquele). Vou falar pro Chico Buarque compor um samba junto com a Gadu e os dois irem aí cantar pra você e, na saideira, claro, Zeca Baleiro e Marcelo Camelo cantando "Quase Nada" e "Casa Pré-Fabricada".

Eu vou ajudar na reconstrução do Chile. Eu vou arrumar jeito da chuva parar de castigar tanto São Paulo.

Eu vou escrever um texto cheio de idéias variadas e desconexas..

...Que é pra ver se você vem
Que é pra ver se você olha
Pra mim

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Querendo conversar por horas..

Said if you want to call me baby
Just go ahead now
And if you like to tell me maybe
Just go ahead now
And if you wanna to buy me flowers
Just go ahead now
And if you like to talk for hours
Just go ahead now  (Spin Doctors)


O F5 do teclado está ficando gasto. Já posso jogar "Sete Erros" com tuas fotos. A felicidade explode quando tem um novo depoimento para ser lido, ou seria melhor...devorado?? Ninguém mais me deixa tão feliz assim, por simplesmente existir.
Hoje, inventaram de ligar a televisão bem na hora que eu sonhava com você, acredita? Povo maldoso esse. O sonho? Éramos nós em uma festa, em que eu tocava com meus amigos algumas das mais que faladas músicas nesse blog. Porém, cantei uma - e não me pergunte como eu lembrei a letra TODA em inglês -, chamada "Two Princes" do Spin Doctors. E você estava lá, com duas de suas amigas, alguns amigos meus e alguns familiares. Te vi lindissima no meio daquela galerinha e olhando pra você berrei: "Said if you want to call me baby". Você sorriu. O maybe, da outra linha, cantado com um aceno negativo de cabeça  bem-humorado por mim, você começa a entender. Porém, a nossa certeza com teu sorriso foi "and if you like to talk for hours".

Lembro que quando eu te chamei para uma volta, para uma conversa, ligaram a televisão e eu acordo...sorrindo, só rindo. E realmente, bateu uma saudade da tua presença. Bateu uma sincera vontade de conversar por horas.

Se quiser, diferentemente da música, eu te compro flores. Eu compro balões, pinto o céu e até trago o Sol de volta para essa Juiz de Fora, só para te encontrar. Preciso encontrar você. Afinal, tenho me visto cada vez mais em você, não é assim? Eu gosto bem mais de mim, quando estou contigo. Quando você está, as coisas são mais lindas.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Só pro meu prazer

São nove horas da manhã, começa o dia. Resolvo acordar de vez, dou “bom dia” à Mãe, abro a janela, vejo o Sol. Sol que tem me lembrado você, por tanta luz e por você adorá-lo tanto. Estranho isso, no melhor sentido; porque enquanto todos nessa cidade andam reclamando dos 38 graus, eu ando bendizendo o Sol, até mesmo quando o ar-condicionado não basta naquela Defensoria Pública. Bate aquele calor, vejo o sol, penso em você.

Ato contínuo, começo a organizar minhas leituras, jornais, sites, meus livros. Ligo o rádio, gosto de ouvir música enquanto leio. O som que toca é Leoni, mais uma das suas músicas maravilhosas. Essa é das antigas, “Só Pro Meu Prazer”. Essa música pode ser interpretada de tantos modos, veja você: a mais óbvia e talvez mais intencional interpretação seja aquela em que o cidadão retratado na música é tão egoísta, que ele quer a mulher da forma dele, para o prazer dele. O Leoni faz, inclusive, esse raciocínio no show, de forma implícita. Se você for comigo ao show, no Cultural – está aí mais um convite -, dia 26, você verá. Ele termina a música intercalando o “Eu quero você como eu quero”. Sem a vírgula, compreende? Prosseguindo na minha loucura de ouvir a música e me imaginar te explicando tudo isso em mais uma conversa sob pôr-do-sol, a outra interpretação é que o sujeito é tão apaixonado, que ele não aceita condição diversa a não ser possuir o objeto do amor dele. Ele tira a roupa, faz a maior ficção de amor, recria, imagina, deseja que tudo aquilo seja verdade. Tanto que ele diz para a pessoa não vir com aquelas insinuações de qualquer medo normal. Ele quer ir em frente. Quer que seja um relacionamento vindouro.

Cantarolo o trecho de agora junto com o Leoni: "Noite e dia se completam no nosso amor e ódio eterno / Eu te imagino/ Eu te conserto/ Eu faço a cena que eu quiser/Eu tiro a /roupa pra você/ Minha maior ficção de amor/E eu te recriei só pro meu prazer/Só pro meu prazer...". Sensacional.

Já passaram alguns meses que te conheço, passaram dezessete dias que te (re)conheço. A Fê definiu muito bem no blog dela, o que sinto em relação a você: é uma sensação de partida...como se eu estivesse chegando em casa. Caminho para saber mais de ti, embora seja como eu te conhecesse há anos. Bate frio na barriga para te encontrar, porém encontro e fico tranqüilo. Noites e dias se completam desde então. Só de amor. Amor da cabeça aos pés. Nada de ódio. Ódio, embora seja uma palavra forte, somente se for de algumas minúcias leves, que levam à música novamente.

Eu te imagino sempre. Nos lugares comigo, imagino o que você acharia daquela música, daquele texto, se me acharia louco demais por pular do início ao fim no Tributo aos Los Hermanos. Se me acharia figurinha carimbada do Cultural, quando a Caca me perguntasse no bar se “era o de sempre”. Imagino seus olhos apertados quando você sorri. No último show, o sol nascia quando saí de lá. Seria um final apoteótico, para uma noite perfeita. Imagino, também, se não exagero nessas descrições todas. Acredito que te falei aquele dia pessoalmente: É muito querer, sem pressão. Tudo que aconteceu não é puro destino. É tempo certo demais, por isso sou refúgio e posso ser Casa Pré-Fabricada. O importante é que somos e, principalmente, que estamos. Está na minha vida.

Sabe, nessa estória de imaginar, acabo consertando as minúcias que narrei. Quando “conserto”, eu acabo esquecendo que você tem um passado forte, que você, assim como eu, é apegada às coisas, às pessoas e até se acomoda. E te conserto, imaginando você bem resolvida com as coisas que passaram, olhando pro refúgio e querendo fixar moradia naquele lugar. Com você por ali, eu imagino que aquele será um excelente lugar. Você deixa aquele lugar mais leve. Afinal, você deixa tudo mais leve. Conserto-te e vejo a senhorita chegando de vestido para ver a Casa de perto. Analisando se é realmente bem arrumada por dentro, sentando de perna de índio no jardim, vendo o espaço em que crescem as margaridas. Enfim, eu te imagino, eu te conserto. Se você enxergasse por entre essa tela, esse texto, me veria bobo, quando faço a cena que eu quero.

Tiro a roupa de futuro advogado, bom aluno, estagiário responsável, me desmascaro todo. É sensacional isso de poder contar dos sonhos, dos anseios, dos objetivos. Mostrar-te um pouquinho o lado filho, irmão, tio, sambista hehe, rockeiro, Hermano ;P e te falar das coisas que penso, com a certeza de que você irá receber como palavras sinceras e não como desesperada declaração ou afirmação buscando algo mais. Aquela tal de PAZ que a gente anda proclamando um para o outro e que você tem me entregado em doses excelentes a cada segundo.

Você é tão perfeita. Embora, a música que tocou seja Leoni. Ontem, a música foi Nando Reis com Cássia Eller. Chamada “Com você (O Meu Mundo Ficaria Completo)”. Tem um trecho que retrata essa “ficção de amor”. A Cássia berra: “Não tenho dúvidas que com você daria certo. Juntos faríamos tantos planos. Com você o meu mundo ficaria completo”. Não tenho dúvidas mesmo. Afinal, do jeito que estamos até agora, tem dado muito certo.

Eu te imagino, “te conserto” e te recrio pro meu prazer. Naquela interpretação de querer dar certo. Porém, se fosse do jeito que imagino, seria praticamente milagre. E como você bem observou em um trecho e agora devolvo a observação, porque te cabe também: mas milagres não costumam ser tão perfeitos. E tu és, Moça. Perfeita nos atos, na confusão e nas decisões.

Meus amigos andam dizendo que você tem me feito bem. Até a chefe diz que ando mais tranqüilo, te contei, não é? É que antes, eu não acreditava em tempo certo. Você mudou isso com aquelas tuas teorias de “receber aquele olhar que a espera valeu a pena” e “o que é esperado com fé, há de ter muita força”. Acabei cultivando a danada da paciência. Acabei cultivando o querer, mas não pressionar. O declarar, mas não exigir. A sinceridade, mas sem qualquer pretensão de algo em troca. Então, digamos que eu até imagino, te conserto, recrio. Contudo, você me traz paz. Você me faz querer ser melhor, ainda que eu mantenha a característica de ser exagerado. Conclusão, acho que eu me recriei, só pro seu prazer. Só pro seu prazer.

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