quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Jurisprudência do Tribunal da Tati Bernardi, de novo!

Eu me reconheço e vocês?



Não sei mais o que fazer das minhas noites durante a semana. Em relação aos finais de semana já desisti faz tempo: noites povoadas por pessoas com metade da minha idade e do meu bom senso. Nada contra adolescentes, muitos deles até são mais interessantes e vividos do que eu, mas to falando dos “fabricação em série”. Tô fora de dançar os hits das rádios e ter meu braço ou cabelo puxado por um garoto que fala tipo assim, gata, iradíssimo, tia.
Tinha me decidido a banir a palavra “balada” da minha vida e só sair de casa para jantar, ir ao cinema ou talvez um ou outro barzinho cult desses que tem aberto aos montes em bequinhos charmosos. Mas a verdade é que por mais que eu ame minhas amigas, a boa música e um bom filme, meus hormônios começaram a sentir falta de uma boa barba pra se esfregar.
Já tentei paquerar em cafés e livrarias, não deu muito certo, as pessoas olham sempre pra mim com aquela cara de “tô no meu mundo, fique no seu”. Tentei aquelas festinhas que amigos fazem e que sempre te animam a pensar “se são meus amigos, logo, devem ter amigos interessantes”. Infelizmente essas festinhas são cheias de casais e um ou outro esquisito desesperado pra achar alguém só porque os amigos estão todos acompanhados. To fora de gente desesperada, ainda que eu seja quase uma.
Baladas playbas com garotas prontas para um casamento e rapazes que exibem a chave do Audi to mais do que fora, baladas playbas com garotas praianas hippye-chique que falam com voz entre o fresco e o nasalado (elas misturam o desejo de serem meigas com o desejo de serem manos com o desejo de serem patos) e rapazes garoto propaganda Adidas com cabelinho playmobil também to fora.
O que sobra então? Barzinhos de MPB? Nem pensar. Até gosto da música, mas rapazes que fogem do trânsito para bares abarrotados, bebem discutindo a melhor bunda da firma e depois choram “tristeza não tem fim, felicidade sim” no ombro do amigo, têm grandes chances de ser aquele tipo que se acha super descolado só porque tirou a gravata e que fala tudo metade em inglês ao estilo “quero te levar pra casa, how does it sounds?”
Foi então que descobri os muquifos eletrônicos alternativos, para dançar são uma maravilha, mas ainda que eu não seja preconceituosa com esse tipo, não estou a fim de beijar bissexuais sebosos, drogados e com brinco pelo corpo todo. To procurando o pai dos meus filhos, não uma transa bizarra.
Minha mais recente descoberta foram as baladinhas também alternativas de rock. Gente mais velha, mais bacana, roupas bacanas, jeito de falar bacana, estilo bacana, papo bacana… gente tão bacana que se basta e não acha ninguém bacana. Na praia quem é interessante além de se isolar acorda cedo, aí fica aquela sensação (verdadeira) de que só os idiotas vão à praia e às baladinhas praianas. Orkut, MSN, chats… me pergunto onde foi parar a única coisa que realmente importa e é de verdade nessa vida: a tal da química. Mas então onde Meu Deus? Onde vou encontrar gente interessante? O tempo está passando, meus ex já estão quase todos casados, minhas amigas já estão quase todas pensando no nome do bebê,… e eu? Até quando vou continuar achando todo mundo idiota demais pra mim e me sentindo a mais idiota de todos?
Foi então que eu descobri. Ele está exatamente no mesmo lugar que eu agora, pensando as mesmas coisas, com preguiça de ir nos mesmos lugares furados e ver gente boba, com a mesma dúvida entre arriscar mais uma vez e voltar pra casa vazio ou continuar embaixo do edredon lendo mais algumas páginas do seu mundo perfeito.
A verdade é que as pessoas de verdade estão em casa. Não é triste pensar que quanto mais interessante uma pessoa é, menor a chance de você vê-la andando por aí?

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Santa Chuva

Tomei um banho de chuva; banho daquela chuva gelada que a gente adora quando é mais novinho!
Santa chuva que caiu hoje, diz minha avó que foi para lavar os meus pecados. haha

Que sirva para Ele mandar tirar o peso que anda prendendo os passos, mas que eu insisto em levar em frente 'só de raiva"*.

O motivo da chuva, eu devo contar dentro alguns dias no Ironia! Por enquanto,

Santa Chuva

Marcelo Camelo

Vai chover de novo,
deu na tv que o povo já se cansou de tanto o céu desabar,
E pede a um santo daqui que reza a ajuda de Deus,
mas nada pode fazer se a chuva quer é trazer você pra mim,

Vem cá que tá me dando uma vontade de chorar,
Não faz assim, não vá pra lá, meu coração vai se entregar à tempestade

Quem é você pra me chamar aqui se nada aconteceu?
Me diz, foi só amor ou medo de ficar sozinho outra vez?

Cadê aquela outra mulher?
Você me parecia tão bem,
A chuva já passou por aqui, eu mesma que cuidei de secar,

Quem foi que te ensinou a rezar?
Que santo vai brigar por você?

Que povo aprova o que você fez?
Devolve aquela minha tv que eu vou de vez,

Não há porque chorar por um amor que já morreu,
Deixa pra lá, eu vou, adeus.
Meu coração já se cansou de falsidade.


* " Tem tudo sempre a sua mão

Mas leva a cruz um pouco além.

Talhando feito um artesão,

a imagem de um rapaz de bem"

sábado, 24 de outubro de 2009

Miau...*

E a partir de hoje todo mundo passa a ter o direito de ser gato quando bem entender. porque cafuné ao som de palavras doces, chamego desmedido, colo pra dormir e ainda ser chamado dos nomes mais bregas-fofos não há quem não sempre queira..







* Veio la do mim-observador.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Kant com emoção..

" Age de tal modo que a máxima da tua vontade possa valer sempre ao mesmo tempo como princípio de uma legislação universal".



" Não se pode agir com o fim de ser feliz; deve-se agir com o sentimento moral (pelo dever), e daí tornar-se digno da felicidade"


Quem falou foi o Kant.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Do que vai ficar...(para outro momento processual)

Eu conversei com Deus. Ele anda querendo me provar mesmo, não tem jeito. Espero não ser reprovado, sei que não tenho sido o mais fiel, que tenho embargado declarações Dele e tal. Mas Ele sabe que tanta dúvida é movida por interesse. Nele, em mim, em nós.

O que importa é que Ouvi-lo dizer, sobre nós, não sei exatamente se nessa mesma ordem e com as mesmas palavras, ‘Chegamos. Permaneceremos. Te amo! Fique sempre.’.

Fala pra mim, você também ouviu? Se sim... Guarda, amor, toda e qualquer palavra para que, quem sabe, juntas às outras que virão logo, decifrem talvez o que agora parece-nos indecifrável. Se virar chuva, se chover demais, a gente vai saber claro de um trovão . Estaremos debaixo dela. E a chuva swingando um ritmo nosso, musicando essa coisa de um em dois...

...a gente vai saber
claro de um trovão
se alguém depois sorrir em paz
só de encontrar...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Vai ser tão simples quanto eu vejo nas revistas...

Entre por essa porta agora e diga que me adora, você tem meia hora, pra mudar a minha vida. Vem, vambora, que o que você demora, é o que o tempo leva ...
(Adriana Calcanhoto)


:)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Reflexões pré-processo...

O teu amor é uma mentira que a minha vaidade quer. O meu, poesia de cego, você não pode ver.

Não pode ver que no meu mundo, um troço qualquer morreu. Num corte lento e profundo entre você e eu.


O nosso amor a gente inventa pra se distrair. E quando acaba, a gente pensa que ele nunca existiu.

Te ver...já não é mais tão bacana quanto a semana passada.

Você nem arrumou a cama..

parece que fugiu de casa. E ficou, de repente, tudo fora do lugar.

café-sem-açucar.

dança sem par.
Você podia ao menos me contar uma ESTÓRIA romântica.

--- quem explicou foi o cazuza! ;D

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

(In)TENSO

Será que ainda recebo um desses? ;)

A primeira vez

Você sempre me disse que sua maior mágoa era eu nunca ter escrito um texto sobre você. Nem que fosse te xingando, te expondo. Qualquer coisa.
Você sempre foi o único homem que me amou. E eu nunca te escrevi nem uma frase num papelzinho amassado.
Você sempre foi o único amigo que entendeu essa minha vontade de abraçar o mundo quando chega a madrugada. E o único que sempre entendeu também, depois, eu dormir meio chorando porque é impossível abraçar sequer alguém, o que dirá o mundo.
Outro dia eu encontrei um diário meu, de 99, e lá estava escrito “hoje eu larguei meu namorado sentado e dancei com ele no baile de formatura”. Ele, no caso, é você. Dei risada e lembrei que em todos esses anos, mesmo eu nunca tendo escrito nenhum texto para você, eu por diversas vezes larguei vários namorados meus, sentados, e dancei com você. Porque você é meu melhor companheiro de dança, mesmo sendo tímido e desajeitado.
Depois encontrei uma foto em que você está com um daqueles óculos escuros espelhados de maconheiro. E eu de calça colorida daquelas “bailarina”. E nessa época você não gostava de mim porque eu era a bobinha da classe. Mas eu gostava de você porque você tinha pintas e eu achava isso super sexy. E eu me achei ridícula na foto mas senti uma coisa linda por dentro do peito.
Aí lembrei que alguns anos depois, quando eu já não era mais a bobinha da classe e sim uma estagiária metida a esperta que só namorava figurões (uns babacas na verdade), você viu algum charme nisso e me roubou um beijo. Fingindo que ia desmaiar. Foi ridículo. Mas foi menos ridículo do que aquela vez, ainda na faculdade, que eu invadi seu carro e te agarrei a força. Você saiu cantando pneu e ficou quase dois anos sem falar comigo.
Eu não sei porque exatamente você não mereceu um texto meu, quando me deu meu primeiro cd do Vinícius de Morais. Ou quando me deu aquele com historinhas de crianças para eu dormir feliz. Ou mesmo quando, já de saco cheio de eu ficar com você e com mais metade da cidade, você me deu aquele cartão postal da Amazônia com um tigre enrabando uma onça.
Também não sei porque eu não escrevi um texto quando você apareceu naquela festa brega, me viu dançando no canto da mesa, e me disse a frase mais linda que eu já ouvi na minha vida “eu sei que você não gosta de mim, mas deixa eu te olhar mesmo assim”.
Talvez eu devesse ter escrito um texto para você, quando eu te pedi a única coisa que não se pede a alguém que ama a gente “me faz companhia enquanto meu namorado está viajando?”. E você fez. E você me olhava de canto de olho, se perguntando porque raios fazia isso com você mesmo. Talvez porque mesmo sabendo que eu não amava você, você continuava querendo apenas me olhar. E eu me nutria disso. Me aproveitava. Sugava seu amor para sobreviver um pouco em meio a falta de amor que eu recebia de todas as outras pessoas que diziam estar comigo.
Depois você começou a namorar uma menina e deixou, finalmente, de gostar de mim. E eu podia ter escrito um texto para você. Claro que eu senti ciúmes e senti uma falta absurda de você. Mas ainda assim, eu deixei passar em branco. Nenhuma linha sequer sobre isso.
Depois eu também podia ter escrito sobre aquele dia que você me xingou até desopilar todos os cantos do seu fígado. Eu fiquei numa tristeza sem fim. Depois pensei que a gente só odeia quem a gente ama. E fiquei feliz. Pode me xingar quanto você quiser desde que isso signifique que você ainda gosta um pouquinho de mim.
Minhas piadas, meu jeito de falar, até meu jeito de dançar ou de andar. Tudo é você. Minha personalidade é você. Quando eu berro Strokes no carro ou quando eu faço uma amiga feliz com alguma ironia barata. Tudo é você. Quando eu coloco um brinco pequeno ao invés de um grande. Ou quando eu fico em casa feliz com as minhas coisinhas. Tudo é você. Eu sou mais você do que fui qualquer homem que passou pela minha vida. E eu sempre amei infinitamente mais a sua companhia do que qualquer companhia do mundo, mesmo eu nunca tendo demonstrado isso. E, ainda assim, nunca, nunquinha, eu escrevi sequer uma palavra sobre você.
Até hoje. Até essa manhã. Em que você, pela primeira vez, foi embora sem sentir nenhuma pena nisso. Foi a primeira vez, em todos esse anos, que você simplesmente foi embora. Como se eu fosse só mais uma coisa da sua vida cheia de coisas que não são ela. E que você usa para não sentir dor ou saudade. Foi a primeira vez que você deixou eu te olhar, mesmo você não gostando de mim.
E foi por isso, porque você deixou de ser o menino que me amava e passou a ser só mais um que me usa, que você, assim como todos os outros, mereceu um texto meu.

Tati Bernardi


--- Ai, ai...até a Tati. Será que algum dia recebo uma carta dessas para ouvir ao som de "Por onde Andei" ?!?!

;D

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Veja você...

- Veja você, onde é que o barco foi desaguar. A gente só queria um amor. Deus parece às vezes se esquecer.

- Ai, não fala isso, por favor! Esse é só o começo do fim da nossa vida. Deixa chegar o sonho, prepara uma avenida. Que a gente vai passar.

- Veja você, onde é que tudo foi desabar. A gente corre pra se esconder. E se amar, se amar até o fim.

- Sem saber que o fim já vai chegar. Deixa o moço bater, que eu cansei da nossa fuga. Já não vejo motivos pra um amor de tantas rugas não ter o seu lugar.

- Abre a janela agora. Deixa que o sol te veja! É só lembrar que o amor é tão maior..

- Que estamos sós no céu

- Abre as cortinas pra mim...

- Que eu não me escondo de ninguém

- O amor já desvendou nosso lugar...
- E agora está de bem

- Deixa o moço bater. Que eu cansei da nossa fuga, já não vejo motivos pra um amor de tantas rugas...

- No fim DESMORONAR!

- Diz, quem é maior que o amor?
- Me abraça forte agora, que é chegada a nossa hora
- Vem, vamos além!
- Vão dizer, que a vida é passageira
- Sem notar que a nossa estrela vai cair.


---
É do Camelo, Conversa de Botas Batidas!

sábado, 10 de outubro de 2009

E o Abdalla Disse..

Abadalla é o professor de Filosofia de Direito lá da UFJF.

Estou, confesso, silogisticamente falando (como diria o Bangalafumenga) apaixonado por ele! heehe

O cara é simplesmente genial.
E ontem, ele solta:

1) Quando você tem um promotor e um juiz que tende a te acusar e esquece da imparcialidade; você precisa de DEUS pra te defender.

2) As palavras podem ser maquiagem, veneno ou remédio.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

É óbvio mas genial..

"Amo tanto, tanto, tanto, que te deixo em paz."

Tati Bernardi



---- Não ir embora: Ato de coragem, amor e confiança

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Desejo...

Um desejo para os próximos meses?

Eu quero a sorte de um amor tranquilo *, com sabor de fruta mordida




---- * bem que poderia ser o de agora. ;x

terça-feira, 6 de outubro de 2009

...."diga até mais, mesmo se for Adeus!"

- Quando eu olhar a noite enorme do Equador, pensarei se tudo isso foi um encontro ou uma despedida.
-E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros.


------- Você vai mesmo?

domingo, 4 de outubro de 2009

Quando ela dorme em minha casa, o mundo acorda cantando!

Ela sopra trechinhos de um coração temporal e se ocupa na preocupação com futuro e neuroses sentimentais. Ele sofre horrores, mas continua do bem, sempre inventando histórias com final feliz.

Hoje, ele amanheceu com ela nos braços, achando que era sonho. Porque após dormirem abraçados, sonhou com ela. Ele acordou e a viu dormindo linda, respirando tranquilidade. Ele dormiu com sorriso aberto, com respiração nela, com uma satisfação de noite perfeita.

Ela acordou princesa. Ele acordou cantando, assim como o mundo. Quando ela dorme na casa dele, o mundo acorda cantando, ele lembrou.

A cena, ele não imaginaria tão perfeita. Entre tanto amor, entretanto a dúvida; era a música. A recepção e o café feitos pela mãe dele, surpreendentes.

Satisfação dele. Alegria dela. Vida que segue para ambos.

Do jeito deles. Deles. Eles.

sábado, 3 de outubro de 2009

Kiss me, please, kiss me....

....But kiss me out of desire, babe, and not consolation.

É moça, agora começa a tocar " E no meio de tanta gente, eu encontrei você! No meio de tanta gente chata e sem nenhuma graça, você veio".

Estou aqui no MSN com meu sobrinho, o Iguinho. É, aquele mesmo que você vai conhecer amanhã.
Amanhã, você vai adentrar em mim de verdade, no meu mundo. Vai conhecer o meu cantinho no melhor bar que considero. Vai conhecer o Andrey "tio", "irmão", 'melhor amigo", "filho", tudo de uma vez só! E provavelmente conhecerá minha casa, meus cachorros, meu quarto (minha cama? haha).

Ansiedade vem batendo. Perigoso isso de expor a essência. Mas como eu disse através daqueles versos. "Posso brincar de descobrir desenho em nuvens, posso contar meus pesadelos e até minhas coisas fúteis (...) posso fazer o que quiser, posso PERDER O JUÍZO; mas COM VOCÊ, eu tô tranquilo..".

Torcendo bastante para ser perfeito amanhã. Que seja - amém!

Quando ela dorme em minha casa
O mundo acorda cantando

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Abençoada seja Martha Medeiros

"Temos a mania de achar que amor é algo que se busca. Buscamos o amor nos bares, na internet, nas paradas de ônibus. Como num jogo de esconde-esconde, procuramos pelo amor que está oculto dentro das boates, nas salas de aula, nas platéias dos teatros. Ele certamente está por ali, você quase pode sentir seu cheiro, precisa apenas descobri-lo e agarrá-lo o mais rápido possível, pois só o amor constrói, só o amor salva, só o amor traz felicidade. Há quem acredite que o amor é medicamento. Pelo contrário. Se você está deprimido, histérico ou ansioso demais, o amor não se aproxima, e caso o faça, vai frustrar sua expectativa, porque o amor quer ser recebido com saúde e leveza, ele não suporta a idéia de ser ingerido de quatro em quatro horas, como um antibiótico para combater as bactérias da solidão e da falta de auto-estima. Você já ouviu muitas vezes alguém dizer: "Quando eu menos esperava, quando eu havia desistido de procurar, o amor apareceu." Claro, o amor não é bobo, quer ser bem tratado, por isso escolhe as pessoas que, antes de tudo, tratam bem de si mesmas. O Amor, ao contrário do que se pensa, não tem de vir antes de tudo. Antes de estabilizar a carreira profissional, antes de fazer amigos, de viajar pelo mundo, de curtir a vida. Ele não é uma garantia de que, a partir de seu surgimento, tudo o mais dará certo. Queremos o amor como pré-requisito para o sucesso nos outros setores, quando, na verdade, o amor espera primeiro você ser feliz para só então surgir, sem máscara e sem fantasia. É esta a condição. É pegar ou largar. Para quem acha que isso é chantagem, arrisco-me a sair em defesa do amor: ser feliz é uma exigência razoável, e não é tarefa tão complicada. Felizes são aqueles que aprendem a administrar seus conflitos, que aceitam suas oscilações de humor, que dão o melhor de si e não se autoflagelam por causa dos erros que cometem.

Felicidade é serenidade. Não tem nada a ver com piscinas, carros e muito menos com príncipes encantados. O amor é o prêmio para quem relaxa. "As pessoas ficam procurando o amor como solução para todos os seus problemas quando, na realidade, o amor é a recompensa por você ter resolvido os seus problemas".