domingo, 27 de junho de 2010

Palavras

Intensidade. Intensa idade.
Falta de calma, de cama, carência.
Busca por essência e o que mais há de vir.
Advir. Advertência. Vertência. Verter a essência.

Te ver, adolescência.

Saudades, já doces; docê!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sobre ciclos (magnéticos ou não), sinais, sinas e outras estórias

Pediram-me o que mais tenho dificuldades de fazer: ter calma. Como já disse em outras ocasiões, inclusive no Ironia, não aprendi tal palavra-ação quando na tenra idade. Isso me traz problemas, bem sei. Porém, a causa vale a espera. Já dizia minha grande professora de Processo: não gastamos  energia naquilo que achamos ser infrutífero. Pois é, completo com uma frase do já saudoso Saramago: " Há ocasiões que é mil vezes preferível fazer de menos que fazer de mais, entrega-se o assuntto ao governamento da sensibilidade, ela, melhor que a inteligência racional, saberá proceder segundo o que mais convenha à perfeição dos instantes seguintes".

É que as minhas atitudes normais, as quais já estão sendo combatidas pelo fato de aceitar conselhos, seriam chamadas de intensas ou rápidas - com o que não discordo -, embora eu prefira chamar de vontade sutil e verdadeira de estender os braços para tocar você mais um pouco. De tudo, eu espero. Com aquela frase bem cantada em "Cegos do Castelo": Se você puder me olhar, se você quiser me achar e se você trouxer o seu lar..eu vou cuidar, eu cuidarei muito bem dele.

Lembranças com cheiro as de agora. Lembrei daquelas mulheres insanas berrando atrás da gente. Eu pedi para você me proteger, por brincadeira, falando no seu ouvido: "Socorro". E veio proteção verdadeiramente. Porque foi chegar mais perto e sentir aquele cheiro seu. Cheiro que assemelha-se, com certeza, àquele jardim de flores do campo que O Próprio Deus cuidava no paraíso. Inebriante, tranquilizador.
Por falar em Deus, veio mais fé. Na caminhada, e isso é assunto para outro dia, você saberá das minhas inclinações católicas apostólicas romanas somadas à idéia loshermanosianas do Rodrigo Amarante. O Amarante foi questionado sobre a crença do próprio na existência de Deus, no que ele respondeu: "Eu investigo Deus". Digamos que na minha humilde existência também vou nessa, mas com um respeito tremendo, claro. E isso me faz ver que eu tive uma maior sorte que o Saramago. Volto a citá-lo, ele disse certa vez: "Não sou um ateu total, todos os dias tento encontrar um sinal de Deus, mas infelizmente não o encontro". Então, pesando na balança do agora  - quando eu contar das coincidências, você entenderá melhor-; mas por hora:  Tive mais sorte que o Saramago. Eu encontrei um sinal de Deus. Eu te encontrei.

Por isso, só me resta confiar. Vou confiar. Porém, ando diferente desde já. Como bem dizia o Caio Fernando: "Mas sabiam que um ser humano jamais atravessa incólume o círculo magnético de outro".

Sigamos a caminhada...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Quero te conhecer....

"Como dois estranhos,
Cada um na sua estrada,
Nos deparamos, numa esquina, num lugar comum.
E aí? quais são seus planos?
Eu até que tenho vários.
Se me acompanhar, no caminho eu possso te contar.
E mesmo assim, queria te perguntar,
Se você tem ai contigo alguma coisa pra me dar,
Se tem espaço de sobra no seu coração.
Quer levar minha bagagem ou não?"
(Dois -Tiê)



Moça, preciso te contar algumas coisas. Antes, eu preciso me desculpar pelo volume de procuras nos últimos dias; realmente aquela frase está certa: não sei demonstrar interesse. Você irá perceber, com o tempo, que eu alterno nessa questão. Gosto muito e não demonsto ou gosto demais e demonstro em excesso. Acredito que você está encaixada na segunda categoria.

Também estou em um momento leve da vida. Momento de transição. Isso veio confirmar o que senti desde o primeiro ato: foi mágico, mágico e suave, nós dois ali falando praticamente das mesmas coisas. Vivemos muitas experiências parecidas, reconheci páginas da minha própria história através das tuas palavras emocionadas. O beijo veio para selar um encontro, certamente, necessário.

Como nos contamos: sofremos. Por isso, eu tenho o compromisso de não fazê-la sentir qualquer dor. Até as negativas, tuas, que vierem me comprometo que sejam doces. Comprometo-me a deixá-la leve e tranquila para falar de tudo e de todos. Pode me mostrar teus toques de celular inspirados naquele programa de humor, me conta de quando tu era uma pequena esportista e deixo de antemão a promessa: escolho você sempre pro meu time.

Olha, eu tenho cicatrizes que a vida fez. Perdoe qualquer aumento de velocidade ou algum freamento brusco. Com minhas bagagens, eu me viro. Se quiser me ajudar na travessia, eu agradeço. Se quiseres ser parceira, serás bem-vinda. Quero saber o que trazes. Pera, tão bom te ouvir.

Sim, eu também gosto danone, biscoitos achocolatos (já não se fazem mais passatempos como antigamente), descer a Espirito Santo segurando-soltando a embreagem, de sucrilhos, neuroses; afinal, foi no meio disso tudo que você me apareceu. Eu quero que seja leve.
Vai...conta mais. Conta teus planos, conto os meus. Ok, vamos caminhar...quero te conhecer.

Falha no engano?

"Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou (...). Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia (...). Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena. Remar. Re-amar. Amar".

Ei, não corre para longe! Mal começou...
Ei, por quê está indo para essa direção?
Ei, cadê? Como?



domingo, 13 de junho de 2010

Boa semana!

  @caio_fabreu:  Eu e você não acontecemos por uma relação causal, mas por uma relação de significado, que ainda estamos trabalhando.


Que loucura é essa de imaginar? Teus sinais me confundido das cabeças aos pés, como diria o djavan. Como definir o que acontece agora? Será que o Caio Fernando está realmente certo e não adianta mesmo bancar o distante, lá vem o amor nos dilacerar de novo?

Ainda não é amor. Será? É possível? Será?

Boa semana! 

"Eu estou falando de amor e não do que você pensa.
Eu estou falando de amor e não da sua doença".

sábado, 12 de junho de 2010

Das visões

' Mas que seja bom o que vier, para você, para mim. '(Caio F.)


Eram quase 4h, você se aproximou dali. E eu estava ali "em cima". Lembrei da música dos paralamas: "Eu estive fora uns dias, numa onda diferente". Foi exatamente a mesma visão que venho tendo lá da antiga Casa que não fora habitada.

Você sempre ali, sorrindo, dançando, cantando; tendo esperanças que nunca foram para mim. Acredito que fomos a possibilidade de paz que pintou, mas não chegou a ser concretizada. Culpa da vida, diz o Caio. Estranho que eu regava o jardim, sabe? Regava e apareceu uma amiga dizendo que aquela devoção toda poderia ser melhor apreciada por outro alguém. Confesso que, de primeira, eu não dei ouvidos ou letras outras. É que poxa, você era tão encaixe-perfeito para as minhas sinas de vidas imaginadas, que negar todo aquele processo era como desconfiar da existência de um Deus bom.

Porém, Deus é realmente mais. Ouvi essa amiga, que me trouxe Sucrilhos e Neuroses para repensar umas coisas. Ela bem que gosta de ti, você sabe. Porém, ela trouxe uns raios vermelhos para trazer calor nessa vida. Eu não sei muito bem até onde vai. No que depender de mim, me recuso a ser infeliz.
Mas eu quero te perguntar: o que faremos com a casa? A compra a prestações do Sol? A gente coloca à venda? Devolve? Guarda em um relicário?

Ouça: continue com aquele seu melhor sorriso. Boa sorte, sério!

"Que seja doce".