Cannonball - Damien Rice
Stones taught me to fly Pedras me ensinaram a voar
Love taught me to lie O amor me ensinou a mentir
Life taught me to die A vida me ensinou a morrer
So it's not hard to fall Assim, não é difícil cair
When you float like a cannonball Quando você flutua como uma bala de canhão
Estranho pensar durante essa minha trajetória. Trajetória parabólica, fui lançado agora. Ganho altura com teu impulso, com a tua presença que, de fato e de figura, me fazem querer voar.
Mas como todo canhão, esse também é usado para uma guerra. Guerra chamada Destino. Canhão chamado Vida. Porém, falando em trajetória, tomo cuidado com a minha. É que pedras me ensinaram a voar, para eu poder desviar dos ataques, subir alto pra vê-las de cima, para evitar colisões indesejadas (as desejadas, com essas me divirto mais). Tive que aprender a superar obstáculos, pode ser que isso tenha me deixado um pouco mais...duro, inflexível. Prometo, contudo, quando voar..te levar comigo.
O amor também me ensinou a mentir. Sobre isso, ainda reflito. Não sei até que ponto a sinceridade deve mesmo pesar. Acho que no maior nível possível, porém não é raro que eu pense ser completamente aceitável e compreensível o uso de uma omissão para proteger sentimento. De lado outro, penso também sofre fidelidade x lealdade. Isso rende outra conversa, mas acredito na LEALDADE! O amor me ensinou a mentir para proteger. Porém, essa discussão é um ponto aberto na minha trajetória.
A Vida me ensinou a morrer. Morrer, enterrar e seguir em frente. Tive várias vidas. De cada uma delas, experiências que estão me preparando pra você. Quero chegar no ápice inteiro, sabendo como olhar o que passei e te encontrar, no ponto máximo da vida. Esse ponto máximo será quando nos encontrarmos e vermos tudo, juntos. Depois disso, ainda teremos momentos nas alturas, até a gente cair, abraçados. E o mundo ficará deserto, de Nós.
Dessa forma, encarando a Vida como trajetória, fica fácil cair feito bala de canhão. Espero que eu não esteja nessa queda sozinho. Dou o tiro de sorte. Que o tiro, ainda que o seguinte seja paradoxo, seja doce!
------------------------------------------
Postagem Coletiva Explosiva! Eles também falaram de suas trajetórias
A confissão é mútua, meu caro, pois teu lirismo é de encher os olhos. Ao mesmo tempo que semelhantes, nossos relatos são singulares, o que os torna ainda mais especiais. Que o tiro por aqui também seja certeiro e, claro, doce.
ResponderExcluirGrande abraço!
Balas atiradas costumam ferir, espero que você caia sem machucar niinguém durante sua trajetória ... adorei o texto.
ResponderExcluirE muito obrigada pelas palavras lá no blog, de verdade!
Bjos
Balas mesmo as doces ou de festim deixam suas marcas.
ResponderExcluirTanto em quem atira, como no alvo.
Corajoso seu texto.
Gostei MUITO!
Beijo moço!
Ah, obrigada pelas visitas e pelos comentários.
Ai ai.
ResponderExcluirSei lá se tiros são sempre bons, mas eu sei que quase sempre são precisos.
O que não nos mata, fortalece, não é mesmo?
De trajetórias eu gosto, de colisões principalmente!
Espero que nossa colisão tenha sido a melhor!!!
Adoro o que você escreve, também adorei te conhecer e vou gostar ainda mais quando puder te dar um bom abraço, eu sou o tipo de 'abraços'.
Beijoo!!!
Dizem que é fácil encarar a vida, me pergunto sempre se isso e verdade.
ResponderExcluire chego a conclusão de que não é não !
É o que eu tinha te dito antes... Eu tinha certeza que o teu texto tinha ficado um espetáculo, e ficou!
ResponderExcluirVocê é uma das pessoas mais iluminadas que eu conheço! Consegue tirar forças sabe-se lá de onde e das decisões, só toma as melhores possíveis!
Mas que essas 'pancadas' que levamos muitas vezes na vida, sirvam apenas para te fazer crescer! Tudo tem um porquê, disso eu bem sei! :D
Supeeeeer beeeeijos, meu bem!
Gostei muito da forma como tratou do tema. Explicando-o de uma forma diferente. Sempre me surpreendo com a forma como um trecho pode ter várias interpretações.
ResponderExcluirAdorei, beijos, Mel ^^
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir