domingo, 28 de fevereiro de 2010

Querendo conversar por horas..

Said if you want to call me baby
Just go ahead now
And if you like to tell me maybe
Just go ahead now
And if you wanna to buy me flowers
Just go ahead now
And if you like to talk for hours
Just go ahead now  (Spin Doctors)


O F5 do teclado está ficando gasto. Já posso jogar "Sete Erros" com tuas fotos. A felicidade explode quando tem um novo depoimento para ser lido, ou seria melhor...devorado?? Ninguém mais me deixa tão feliz assim, por simplesmente existir.
Hoje, inventaram de ligar a televisão bem na hora que eu sonhava com você, acredita? Povo maldoso esse. O sonho? Éramos nós em uma festa, em que eu tocava com meus amigos algumas das mais que faladas músicas nesse blog. Porém, cantei uma - e não me pergunte como eu lembrei a letra TODA em inglês -, chamada "Two Princes" do Spin Doctors. E você estava lá, com duas de suas amigas, alguns amigos meus e alguns familiares. Te vi lindissima no meio daquela galerinha e olhando pra você berrei: "Said if you want to call me baby". Você sorriu. O maybe, da outra linha, cantado com um aceno negativo de cabeça  bem-humorado por mim, você começa a entender. Porém, a nossa certeza com teu sorriso foi "and if you like to talk for hours".

Lembro que quando eu te chamei para uma volta, para uma conversa, ligaram a televisão e eu acordo...sorrindo, só rindo. E realmente, bateu uma saudade da tua presença. Bateu uma sincera vontade de conversar por horas.

Se quiser, diferentemente da música, eu te compro flores. Eu compro balões, pinto o céu e até trago o Sol de volta para essa Juiz de Fora, só para te encontrar. Preciso encontrar você. Afinal, tenho me visto cada vez mais em você, não é assim? Eu gosto bem mais de mim, quando estou contigo. Quando você está, as coisas são mais lindas.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Só pro meu prazer

São nove horas da manhã, começa o dia. Resolvo acordar de vez, dou “bom dia” à Mãe, abro a janela, vejo o Sol. Sol que tem me lembrado você, por tanta luz e por você adorá-lo tanto. Estranho isso, no melhor sentido; porque enquanto todos nessa cidade andam reclamando dos 38 graus, eu ando bendizendo o Sol, até mesmo quando o ar-condicionado não basta naquela Defensoria Pública. Bate aquele calor, vejo o sol, penso em você.

Ato contínuo, começo a organizar minhas leituras, jornais, sites, meus livros. Ligo o rádio, gosto de ouvir música enquanto leio. O som que toca é Leoni, mais uma das suas músicas maravilhosas. Essa é das antigas, “Só Pro Meu Prazer”. Essa música pode ser interpretada de tantos modos, veja você: a mais óbvia e talvez mais intencional interpretação seja aquela em que o cidadão retratado na música é tão egoísta, que ele quer a mulher da forma dele, para o prazer dele. O Leoni faz, inclusive, esse raciocínio no show, de forma implícita. Se você for comigo ao show, no Cultural – está aí mais um convite -, dia 26, você verá. Ele termina a música intercalando o “Eu quero você como eu quero”. Sem a vírgula, compreende? Prosseguindo na minha loucura de ouvir a música e me imaginar te explicando tudo isso em mais uma conversa sob pôr-do-sol, a outra interpretação é que o sujeito é tão apaixonado, que ele não aceita condição diversa a não ser possuir o objeto do amor dele. Ele tira a roupa, faz a maior ficção de amor, recria, imagina, deseja que tudo aquilo seja verdade. Tanto que ele diz para a pessoa não vir com aquelas insinuações de qualquer medo normal. Ele quer ir em frente. Quer que seja um relacionamento vindouro.

Cantarolo o trecho de agora junto com o Leoni: "Noite e dia se completam no nosso amor e ódio eterno / Eu te imagino/ Eu te conserto/ Eu faço a cena que eu quiser/Eu tiro a /roupa pra você/ Minha maior ficção de amor/E eu te recriei só pro meu prazer/Só pro meu prazer...". Sensacional.

Já passaram alguns meses que te conheço, passaram dezessete dias que te (re)conheço. A Fê definiu muito bem no blog dela, o que sinto em relação a você: é uma sensação de partida...como se eu estivesse chegando em casa. Caminho para saber mais de ti, embora seja como eu te conhecesse há anos. Bate frio na barriga para te encontrar, porém encontro e fico tranqüilo. Noites e dias se completam desde então. Só de amor. Amor da cabeça aos pés. Nada de ódio. Ódio, embora seja uma palavra forte, somente se for de algumas minúcias leves, que levam à música novamente.

Eu te imagino sempre. Nos lugares comigo, imagino o que você acharia daquela música, daquele texto, se me acharia louco demais por pular do início ao fim no Tributo aos Los Hermanos. Se me acharia figurinha carimbada do Cultural, quando a Caca me perguntasse no bar se “era o de sempre”. Imagino seus olhos apertados quando você sorri. No último show, o sol nascia quando saí de lá. Seria um final apoteótico, para uma noite perfeita. Imagino, também, se não exagero nessas descrições todas. Acredito que te falei aquele dia pessoalmente: É muito querer, sem pressão. Tudo que aconteceu não é puro destino. É tempo certo demais, por isso sou refúgio e posso ser Casa Pré-Fabricada. O importante é que somos e, principalmente, que estamos. Está na minha vida.

Sabe, nessa estória de imaginar, acabo consertando as minúcias que narrei. Quando “conserto”, eu acabo esquecendo que você tem um passado forte, que você, assim como eu, é apegada às coisas, às pessoas e até se acomoda. E te conserto, imaginando você bem resolvida com as coisas que passaram, olhando pro refúgio e querendo fixar moradia naquele lugar. Com você por ali, eu imagino que aquele será um excelente lugar. Você deixa aquele lugar mais leve. Afinal, você deixa tudo mais leve. Conserto-te e vejo a senhorita chegando de vestido para ver a Casa de perto. Analisando se é realmente bem arrumada por dentro, sentando de perna de índio no jardim, vendo o espaço em que crescem as margaridas. Enfim, eu te imagino, eu te conserto. Se você enxergasse por entre essa tela, esse texto, me veria bobo, quando faço a cena que eu quero.

Tiro a roupa de futuro advogado, bom aluno, estagiário responsável, me desmascaro todo. É sensacional isso de poder contar dos sonhos, dos anseios, dos objetivos. Mostrar-te um pouquinho o lado filho, irmão, tio, sambista hehe, rockeiro, Hermano ;P e te falar das coisas que penso, com a certeza de que você irá receber como palavras sinceras e não como desesperada declaração ou afirmação buscando algo mais. Aquela tal de PAZ que a gente anda proclamando um para o outro e que você tem me entregado em doses excelentes a cada segundo.

Você é tão perfeita. Embora, a música que tocou seja Leoni. Ontem, a música foi Nando Reis com Cássia Eller. Chamada “Com você (O Meu Mundo Ficaria Completo)”. Tem um trecho que retrata essa “ficção de amor”. A Cássia berra: “Não tenho dúvidas que com você daria certo. Juntos faríamos tantos planos. Com você o meu mundo ficaria completo”. Não tenho dúvidas mesmo. Afinal, do jeito que estamos até agora, tem dado muito certo.

Eu te imagino, “te conserto” e te recrio pro meu prazer. Naquela interpretação de querer dar certo. Porém, se fosse do jeito que imagino, seria praticamente milagre. E como você bem observou em um trecho e agora devolvo a observação, porque te cabe também: mas milagres não costumam ser tão perfeitos. E tu és, Moça. Perfeita nos atos, na confusão e nas decisões.

Meus amigos andam dizendo que você tem me feito bem. Até a chefe diz que ando mais tranqüilo, te contei, não é? É que antes, eu não acreditava em tempo certo. Você mudou isso com aquelas tuas teorias de “receber aquele olhar que a espera valeu a pena” e “o que é esperado com fé, há de ter muita força”. Acabei cultivando a danada da paciência. Acabei cultivando o querer, mas não pressionar. O declarar, mas não exigir. A sinceridade, mas sem qualquer pretensão de algo em troca. Então, digamos que eu até imagino, te conserto, recrio. Contudo, você me traz paz. Você me faz querer ser melhor, ainda que eu mantenha a característica de ser exagerado. Conclusão, acho que eu me recriei, só pro seu prazer. Só pro seu prazer.

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Postagem Coletiva. Veja os prazeres deles também!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Onze dias

* Esse texto era para ter sido postado no dia 18, quinta-feira. Porém, hoje faz treze dias. Dizem que é número da sorte; pelo menos, é o número do Zagallo.

Onze Dias

Los Hermanos

Composição: Rodrigo Amarante

Eu descobri um mundo teu e ele é manso
Sem perceber tive paz e só me dei conta
Quando eu te vi e perguntei como é que vai você
- Tudo bem?

Por essas coisas mágicas da vida, por essas perguntas sem respostas, por esses estalos de um dia procurar frases do Caio Fernando Abreu, fui parar num blog. Um blog chamado "Ps: Que seja Doce". E ai, tinha um texto dela por lá, em formato de carta. Eu adorei aquilo. Cliquei no perfil da moça. "Juiz de Fora". Até agora fico bobo com essa coincidência, com esse tempo certo. Uma coerência-final-de-todas-as-coisas, como diria o Mestre. Comentários trocados, Orkut adicionados. Desde então, tive paz. Coisa estranha, no melhor sentido, ficar esperando que uma nova mensagem chegasse. Ficar imaginando coisas, fazendo planos. Tive paz, realmente. Só me dei conta quando passou a ser viciante. A vontade de tê-la fisicamente ao lado quase me explodiu.

Falta entender, o que me faz pensar
Que só ela pode ter tanta paz pra me dar
Ninguém mais tem tanta paz
Eu te vi e cheguei pra falar
- Tudo certinho?
 Comecei a investigar o "porquê" de me fazer tanto bem. Pelo jeito carinhoso? Pelo jeito leve? Tudo fica leve ao lado dessa menina de vestido verde. Encontrei-a no fim de uma maratona dura, após o último dia de vestibular. Naquele fantástico dia 07 de Fevereiro de 2010. Realmente, vendo aquele sorriso dela ali, presente, eu pensei que só ela pode ter tanta paz pra me dar. Eu a vi e cheguei pra falar: - Tudo certinho? Um abraço, um beijo. "Você existe". "Me belisca pra ver se eu não estou sonhando". "Até porque, Você está na minha vida".

Quando eu te vi eu perguntei: como é que vai você?

Reencontrei-a. Ela não estava com o vestido verde, mas branco.  Branco para traduzir a palavra que começou tudo: PAZ. Linda, perna de indio, sorriso solto. Um bom por-de-sol emoldurando a excelente conversa. Agora, ainda mais, eu quero saber dela todos os dias. Como diz aquelas outras músicas: Ela me faz tão bem, que eu também quero fazer isso por ela  e canto para mim, qualquer coisa assim sobre você, que explique a minha paz. E se ela ficar mesmo na minha vida, tristeza nunca mais.

Onze dias. Mais um século, por favor!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Bala de Canhão

Cannonball - Damien Rice
Stones taught me to fly Pedras me ensinaram a voar
Love taught me to lie O amor me ensinou a mentir
Life taught me to die A vida me ensinou a morrer
So it's not hard to fall Assim, não é difícil cair
When you float like a cannonball Quando você flutua como uma bala de canhão


Estranho pensar durante essa minha trajetória. Trajetória parabólica, fui lançado agora. Ganho altura com teu impulso, com a tua presença que, de fato e de figura, me fazem querer voar.
Mas como todo canhão, esse também é usado para uma guerra. Guerra chamada Destino. Canhão chamado Vida. Porém, falando em trajetória, tomo cuidado com a minha. É que pedras me ensinaram a voar, para eu poder desviar dos ataques, subir alto pra vê-las de cima, para evitar colisões indesejadas (as desejadas, com essas me divirto mais). Tive que aprender a superar obstáculos, pode ser que isso tenha me deixado um pouco mais...duro, inflexível. Prometo, contudo,  quando voar..te levar comigo.

O amor também me ensinou a mentir. Sobre isso, ainda reflito. Não sei até que ponto a sinceridade deve mesmo pesar. Acho que no maior nível possível, porém não é raro que eu pense ser completamente aceitável e compreensível o uso de uma omissão para proteger sentimento. De lado outro, penso também sofre fidelidade x lealdade. Isso rende outra conversa, mas acredito na LEALDADE! O amor me ensinou a mentir para proteger. Porém, essa discussão é um ponto aberto na minha trajetória.

A Vida me ensinou a morrer. Morrer, enterrar e seguir em frente. Tive várias vidas. De cada uma delas, experiências que estão me preparando pra você. Quero chegar no ápice inteiro, sabendo como olhar o que passei e te encontrar, no ponto máximo da vida. Esse ponto máximo será quando nos encontrarmos e vermos tudo, juntos. Depois disso, ainda teremos momentos nas alturas, até a gente cair, abraçados. E o mundo ficará deserto, de Nós.

Dessa forma, encarando a Vida como trajetória, fica fácil cair feito bala de canhão. Espero que eu não esteja nessa queda sozinho. Dou o tiro de sorte. Que o tiro, ainda que o seguinte seja paradoxo, seja doce!


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Postagem Coletiva Explosiva! Eles também falaram de suas trajetórias

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Hoje, eu fui te visitar

"Há uma maneira de ser bom de novo" ( O Caçador de Pipas)


É segunda-feira de Carnaval. Após a minha folia de ontem, fui cumprir a tarefa para a qual tenho me preparado há 6 meses.

Foi estranho entrar naquele local e te ver pálida, embora você seja branquinha. Ver você lá, como você dizia antes, "loira e linda", ainda mantendo aquela boa aparência física, mas te ver tão ausente mentalmente. Ver você, minha amiga, minha confidente por tantos anos, naquela roupa branca, com remédio controlado. Acredito que valeu a pena o processo trabalhado. Você errou, como muitos tem errado. Mas é aquela velha história de segunda chance.

Como te falei, você passou por um processo judicial, mas principalmente...um processo de vida. Você, após essa internação e desentoxicação, tem que voltar forte, vencendo a batalha dia a dia. Não culpe o desinteresse inicial dos teus pais, eles também estavam cansados da batalha. Te juro que sua mãe me ligava diariamente, não só pelo suporte jurídico; ela queria, na verdade, me ouvir dizer que fora esse problema de dependência química da filha dela, essa era uma criatura divina. Boa moça, educadíssima, uma beleza sem igual, inteligente, esperta, mas que flertou com o perigoso mundo dos vícios e sucumbiu.

Te vendo nessa visita, lembrei ironicamente do "Meu nome não é Johnny" e da frase espirituosa e pontual daquela juíza: "O nosso verdadeiro lugar de nascimento é aquele em que repousamos nosso primeiro olhar inteligente sobre nós mesmos". Quero dizer, RENASÇA! Você tem um potencial gigante ainda. Lenha para queimar e iluminar muita gente. As possibilidades são infinitas. Não te neguei, nem negarei. Se quer saber, gosto de ser amigo de gente assim...HUMANA.

Li um texto um tempo atrás, pensei em você. É mais ou menos assim:

Se eu pudesse escolher um verbo hoje, escolheria o verbo acreditar. Assim, conjugado na primeira pessoa do singular: eu acredito. Acredito no sonho. No tempo. Na força. Nas palavras. Acredito em mim. Em você. E neles (que eu nem sei quem são). Eu acredito no desejo. No amor. Na interrogação que não questiona. Eu acredito nas pessoas. Na sua pessoa. Na sua nada-perfeita pessoa. Eu acredito que nem tudo está perdido. Que a solidão não se segue à sós. Que coincidências existem. E que nem tudo sai como a gente espera. Eu acredito na saudade. Na vontade. No refrão. Na rima. E no coração. Acredito no beijo. No abraço. No silêncio. Acredito no olhar. Na manhã. E no amanhã. Acredito na mudança. Na esperança. E na doce-lembrança. Acredito no vento. No céu. Nas estrelas. No mar. Acredito que é sempre melhor deixar rolar. Acredito - sim! - que o que é nosso sempre fica. Que o que fica nunca vai.

E, se vai, sempre volta. Acredito que só aprendemos quando erramos, mas nem sempre que erramos aprendemos. Eu acredito no sorriso. No pedido. Na tentativa. Na superação. Acredito que nunca é tarde. Que nos fazemos firmes conforme as experiências. E que viver não perdeu a graça. E, por mais que doa, eu ainda acredito. Sempre. É assim que eu me faço forte, é assim que eu crio coragem pra desafiar a razão: acreditando.

Hoje, eu te visitei. Espero ver-te inteira daqui um tempo, Moça. 
E como a gente dizia: um beijo, minha benção, minha amiga!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

E hoje em dia, como é que se diz "Eu te amo" ??

 
"Um bom exemplo de bondade e respeito "

Talvez eu seja o único que, em um sábado de carnaval, esteja indagando que esse mundo anda tão complicado e fazendo a reflexão de como se diz 'Eu te amo", hoje em dia.

Porém, nesse texto simplório e, suponho-espero, rápido; afirmo acreditar que tenha dito vários 'eu te amo" nessa semana. E com os mais diversos significados. Acredito nisso porque, quando você deixa suas concepções, problemas, soluções, anseios de lado para manifestar-se solidário para com outra pessoa, talvez seja a maior prova de amor que você possa dar.

Eu fiz isso. Deixei meu tempo de paz para ser solidário a um amigo. Deu certo, acredito, os cinco dias de conversas, reflexões sobre o término dele. Sobre se deveria ter volta. Sobre tudo. Bom, atualizando a história, voltou a namorar. Eu não era nem a favor, nem contra. Eu era a favor da reflexão. Acho que o objetivo foi atingido. Então, Gustavo, espero que você tenha recebido o meu 'eu te amo", irmão.

Essa semana, eu vi o melhor por-do-sol dos últimos tempos. O sol "descendo" no horizonte, atrás da visão mais linda que meus olhos absorveram, ela. Difícil ser imparcial e falar um monte de coisas genéricas e ao mesmo tempo deixar claro que também estou na fase de encanto. Você desejar a felicidade incondicional de uma pessoa - e incondicional quer dizer que a condição pode ser a pessoa não estar contigo - também é uma grande forma de, hoje em dia, dizer "eu te amo".

Já paro por aqui, haveriam mais outros exemplos. Mas é carnaval e ninguém quer perder seu tempo, afinal..olha ali o bloco passando!

"Viver é foda, morrer é difícil
Te ver é uma necessidade
Vamos fazer um filme
E hoje em dia, como é que se diz: "Eu te amo."?
(...)
E no meio de uma depressão
Te ver é ter beleza e fantasia.
E hoje em dia, como é que se diz: "Eu te amo."? "

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O que tiver que ser será


Para onde foi todo aquele amor? Olhos perdidos que se encontravam em mim? Perguntou ela. Ele respondeu, tentando não magoar aquela que tinha sido uma das mulheres mais importantes da vida dele até então, " É tão dificil entender que eu já não vejo em você, aquele alguém que eu conheci e me apaixonei. Já não consigo suportar você querendo me tocar" E se perguntou e perguntou também para ela: "O meu desejo, a sua voz. O que aconteceu?". 

Ela sabia que não tinha sido tão leal no fim do relacionamento. Ele ainda lembrava que aquela imaturidade forçada dela para "ser igual às amigas" acabara por destruir um relacionamento que poderia vigorar. Ela quis saber se ainda havia chances de uma reconquista, de uma tentativa. Ele afirmou ter superado e não queria isso. Não por medo, não por aquela velha história determinista de "acabou o milho, acabou a pipoca". Mas por ter superado; por hoje, ter alguém, ainda que apenas no coração.

Ela, em um último suspiro, bradou que "o que tiver que ser, será". Ele disse que não. Porque não suportava mais todas aquelas coisas por dentro e ainda por cima o quase-amor e a confusão e o medo puro. Sabia que não fazia bem levar um relacionamento moribundo à frente, porque não era justo. Com ele. Com ela. Com eles.

Sabiam que se teriam amigos. Nesse ponto, o que tiver que ser, será. Mas nada além disso. Nada além daquela história que deu certo por aquele tempo. Nada além da música que fez sucesso mas já não toca mais. Nada além de bons amigos que sabem muito dos crimes um do outro.

Ela, vai em frente. Ficará feliz quando entender o novo paradigma traçado entre eles.
Ele olha pra foto da garota do vestido verde e pensa, novamente, o que tiver que ser, será.


Postagem Coletiva, para ser o que for. Entrem lá, deliciem-se

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Casa arrumada por dentro

" Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez' " - Mestre Caio Fernando.

É assim que funciona, caro amigo. Quem diria que um dia eu concordaria que viveria aquela situação de Pra Ser Sincero do Gessinger? Tu viu dia desses, meu velho. Encontrei a M. e foi exatamente aquilo: pra ser sincero, minha amiga, prazer em vê-la, até mais. Você  com a N. também será assim. Basta que busque o "impulso vital". Você quer muito da vida e merece. Você vai se formar, meu caro. Vai fazer teu mestrado, abrir tua empresa de consultoria e construir/realizar teus sonhos. Estarei do seu lado.
No lado pessoal? Se existe alguém melhor? Velho, não sei se melhor na acepção comumente atribuída ao termo; porém, há tanta gente especial!  Eu te contei do meu caso, né? Até te fiz chorar (que situação!!!). Mas acredito que te fiz chorar por um choque de realidade total. Superadas minhas perdas, passei esses três anos me preparando para o que talvez virá. Não vejo outra fórmula para a vida, do ponto de vista dos sentimentos, que não seja a do Vercillo mesmo, aquela de: não se prenda a sentimentos antigos, tudo o que foi vivido me preparou pra você. Se for ela mesmo, certamente acabarei soltando essa frase. Como te disse: tomara que seja.

Me entenda bem. Não estou dizendo para você mover-se, sem pensar, para frente. Reflita, claro. Contudo, sobre abrir ou fechar portas, pense em "amor". "Amor" no sentido que a Syssa definiu com MAESTRIA, no cantinho dela: " Sem demoras, entenda que amor é casa arrumada por dentro e não fachada convidativa por fora". Agora, acho que depois dessa ,você entende porque digo que ela faz jus ao adjetivo dado ontem: Casa Pré-Fabricada! Antes que eu comece a rasgar seda...  Prossigo.

Casa arrumada por dentro, meu velho. Pense, reflita e decida. Eu quero ver você bem, seja qual for a decisão. Estarei ao lado, repito.

Amar é difícil. Qualquer coisa, me liga.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Algumas notas de um Observador

'sossega, o que vai acontecer acontecerá. Relaxa, baby, e flui: barquinho na correnteza, Deus dará.'

Amigo, não importa se você está terminando um relacionamento, começando ou nem tem um relacionamento. O essencial é que saiba o que você deseja desse relacionamento, se você deseja um relacionamento.

A tese inicial advém do empirismo quase categórico das relações que se prolongam ou iniciam por questões de ordem externas que não ao coração. Por exemplo, "ah, Andrey, todos os meus amigos estão namorando" ou, talvez pior, "ah, estou cansado de ficar sozinho". Acredito que o sustentáculo de uma relação é a ADMIRAÇÃO.
Admirar no sentido de achar a pessoa incrível, nem sempre a paixão, tesão ou qualquer coisa são essenciais para a durabilidade, sem trocadilhos, de um relacionamento. Contudo, Admiração é fundamental. Aquela coisa de você desejar a companhia da pessoa, de saber que passará bons tempos ao lado dessa pessoa. Enfim, pequena nota.

Outra pequena nota é: despreocupem-se com futuro. Construam boas bases no hoje! Afinal, quem costuma suar muito na paz, sangra bem menos na guerra, dizem os fuzileiros.

Percam a preguiça de revolução e rompam com as manias de mal-dizer. Se cada um fizer a sua parte sem criticar o edifício ao lado, todos saem ganhando. Pare e pense.



Apaixonem-se. Trabalhem como se Deus nada fizesse e confiem como se Deus fizesse tudo.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

A canção tocou...

" A Canção tocou na hora errada. E eu que sabia tudo, mas se é você...eu não sei nada"

Quando eu ouvi a canção, era madrugada. E seguindo a primeira música, até senti tua mão. Concordo que a sensação foi a mesma dos últimos tempos, você me cai bem como uma luva.

Ontem, a canção tocou na hora certa. Eu desejei tanto te ver, tanto que você estivesse lá. Porém, como eles cantaram: "São Jorge, por favor, me empresta o dragão. Mais fácil aprender japonês em braile" do que te encontrar e fazer tudo que me tem batido vontade. Um abraço longo, apertado, de uma saudade de outras vidas.
Você se fez presente nas guitarras, no baixo, nas vozes. " Pára e repara, olha como ela brilha,olha que maravilha". E no MEDLEY das nossas primeiras músicas: Eu insisti e eles misturaram 'Quase Nada" com "Tarde Vazia".

Loucura total.Loucura, eu pensei. Tentei te enviar uma mensagem, gravar, qualquer coisa que tentasse materializar a tua presença-ausência. Porém, o celular acabou a bateria. Depois, a cerveja. Depois, a noite.

E eu voltei lembrando da semana: "você me ligou naquela tarde vazia e me valeu o dia".
Voltei lembrando da vida: " De vocêeee....sei quase nada....quase nadaaaa...."

Espero que dia 19, você possa estar lá, fisicamente. Afinal, "Eu sei! É um doce te amar, o amargo é querer-te pra mim". ;D

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ps 1:  Na toada de Los Hermanos, Marcelo Camelo: "Eu quis te conhecer, mas chega de insistir. Caberá ao nosso amor, o que há de vir".

ps 2: O ps 3 do Caio. Se Deus quiser, tudo, tudo, tudo, tudo, tudo vai dar certo.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Guardo para te dar, as Cartas que eu não mando


Fala Cara, como andam tuas coisas?

Por aqui, tudo ótimo, agora.  Me reconstruindo.
Eita. Pessoal demais esse início? Devo recomeçar? R, tu não sabe como me doeu, àquela época, ter colocado nossa amizade em jogo por conta da vida de outra pessoa. Você sabe, a outra parte nesse processo chamado vida, queria desistir do jogo. Você, criança que era, não dava o mínimo de suporte, R.
Não, não vou dizer que a culpa dos meus erros  são tua. Olha, mas eu quero que você saiba que eu faria praticamente tudo igual. Ela não era, em definitivo, alguém realmente pra você. Nem pra mim. Peço trilhões de desculpas por ter me envolvido ao ponto de ter acabado com o lance de vocês e, para prejuízo maior, com a nossa amizade. Contudo, aquela mulher, que na verdade, era muito menina, era extremamente frágil, precisava de alguém para brigar por ela e com ela. Eu tive que escolher, cara. Quando alguém na eminência de morte te pede ajuda, as outras coisas passam a ser suspensas. Exagerei na ajuda, sem dúvida. Eu não precisava ter tomado aquele porre de caipirinha e vodka com ela e ter acabado dando afeto a mais pra ela, ela não precisava, nem eu, nem tu, cara. 

R, meu velho, não estou te pedindo desculpas. Apenas estou expurgando o resto de culpa e justificando atos, justificando e não explicando, veja bem. Como nas outras cartas que escrevi e não mandei, essa também vai me dando alívio quando revivo as coisas. Hoje, um ano após, entendo que fui forte ao ficar junto do lado mais fraco. Sofri e sofro as consequências. Eu espero ter, em algum momento de nossas vidas, a chance de redenção. Por hoje, saiba R, que sinto falta, sim, do nosso grupo de amigos.  Entretanto, não sei até que ponto confio neles. É muita informação e um egocentrismo canibal, R. Acabei me afastando, encontrei gente mais fina, elegante e sincera. Que tem a coragem de afirmar e reafirmar suas próprias verdades. Gente, R, que me ensinou que não tem mal nenhum em ser, ao mesmo tempo, Santo e diabo, R. Gente que erra com uma força espetacular, mas erra bonito, sabe? Porque erra com vontade de acertar. Assim eu acabei errando com você, mas pra tentar salvar a moça.

Ela, você deve saber, está muito bem, hoje. Voltou a estudar, prepara-se para a faculdade e etc. Continuamos amigos, mas confesso que minha amizade com ela não foi mais a mesma. Ainda que vocês estivessem dado aquele tempo, eu não deveria mesmo ter ultrapassado o limite. Mas R, sem querer me justificar, por aquela ato em si, não foi fácil, cara. Não mesmo.

Espero, de todo coração, que você nunca passe por tudo isso. É muita loucura você sentir-se responsável pela vida de alguém. Só queria dizer que tuas fases me fazem falta, assim como tuas frases. Sempre calado, deixando que eu, G, J e LG falássemos e depois, tu, com uma rapidez gigante de raciocínio, chegava e declarava algo que nos fazia ficar pasmos. Me pego sorrindo, R. Sorrindo porque valeu a pena! Dizem que é isso que importa: no fim de uma era, dizer que valeu a pena.
A nossa valeu! Tem aqui alguém que não tem mais pretensão de desculpas e reatar amizade, claro. Mas tem alguém que torce por você, com sinceridade. Está bem servido de amigos. Eu, idem.

Felicidades, meu caro, R. Aproveite a vida! Ela anda muito bonita, apesar dos dragões radioativos, que como tu bem saberá, como eu, não passam de moinhos de vento. Que servem e servirão, quem sabe, para mudar nossas rotas e traça-las conjuntamente ou perpendicularmente, que seja. 

Enfim, um aperto de mão e um olhar nos olhos, para dizer: o mundo é de quem arrisca.

"Guardo para te dar/
As cartas que eu não mando/
Conto por contar/
E deixo em algum canto"
(Leoni)





terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Sobre paz


Olho a tela branca. Olho processos. Olho a sala cheia com mais um (bom) estagiário para ajudar a gente aqui.

Olho pra tela branca. Converso amenidades com o pessoal. Fundamento a ação.
Sorrio, bobo, olhando pra foto que consegui gravar tua no meu celular. Sorrio mais bobo, me achando bobo. Cantarolo Rodrigo Amarante: "Eu descobri um mundo teu e ele é manso/Sem perceber tive paz e só me dei conta". E só me dei conta quando comecei a olhar pra tela, pra foto, cantando sozinho e te liguei.

Embora a notícia recebida de ti não tenha sido tão boa [espero que tudo fique bem e rápido ;D], foi muito bom te ouvir. Me traz paz, realmente. Paz. Palavra que gostava e passei a amar. Talvez tudo que eu esteja começando a viver, de alguma forma, começou por essa palavra (teu post, meu sonho) e esteja desaguando nesse estado de espírito que, venha o que vier, tem sido excelente.
Paz por todos os lados, nessa angústia que é esperar pra te encontrar.

"..... canta para mim, qualquer coisa assim sobre você. Que explique a minha Paz, tristeza nunca mais..."