quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O contrário do amor não é o ódio, é a indiferença

 Moça, eu vou escrever pra você!

Veja só o que eu te escrevi: Lembra que você uma vez, ironicamente, me enviou essa parte da música dos Los Hermanos " É preciso força pra sonhar e perceber que a estrada vai além do que se vê" ? Tu quis me dizer que eu não era teu caminho, o que concordo, hoje. Porque, realmente, o caminho é vida. A parceria é Caminhante que pode nos fazer mudar a rota ou aceitar as topagens da estrada com a gente. Porém, o que mais me doeu foi que você não sonhava comigo, caminhante ao teu lado. Você disse que era mais forte, por isso iria. Pode ser.

Te reencontrei, faz alguns dias, naquele café da esquina. Te vi destruída, moça. O que aconteceu? Cadê a tua mocidade? 26 anos, tão pouco. Sei que teus 20 anos estão quase over. Os meus iniciam agora. Me encontrei, entende? No curso, profissão, anseios, desejos e até ouso dizer que achei uma boa companhia pra essa vida, embora ela não saiba. E talvez nem eu.

Ah, quero acrescentar que você não me doeu nada. Estranho. Antigamente, eu quereria levantar teu astral, mudar tua lua e ascendente, carregar o mundo, me fazer muletas. Hoje, eu passo e digo até mais. Isso, totalmente diferente. Indiferente. Os poetas estão certos, moça: "O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola (...) o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença." Podíamos escrever sobre indiferença... ou fingir indiferente. Anda de mãos dadas com nossos sentimentos...".


O mais é absolutamente nada. Leve com você boas vibrações, meu bem. Meu bem, isso mesmo. Foste meu bem, ainda o é. Porque teu desamor me ajudou a ficar mais forte e saber valorizar aquela e aqueles que me acompanham, hoje. Para mim, são as melhores pessoas do mundo. Porque, sabe, quero te dizer uma coisa que tu conheces bem: " É preciso força pra sonhar e perceber que a estrada vai além do que se vê".

Quero que saiba: se precisar, pode me chamar. Não te quero mal, apenas não mais, entende?

Ah, queira ser feliz. Axé e benção. A gente precisa da força extra. Muda a estrada. Sorte e seja Forte.


p.s.: Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis. E amanhã tem sol.


 postagem coletiva...honrado, sempre, por participar

9 comentários:

  1. É assim mesmo que acontece. O coração da gente às vezes cansa, o meu cansou há algum tempo já.

    Te amo, doce.

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  2. "Cansei de procurar
    O pouco que sobrou
    Eu tinha algum amor
    Eu era bem melhor
    Mas tudo deu um nó
    E a vida se perdeu."

    Acho que ela cantaria estes versos...

    Amei o texto.Caio F, Los Hermanos e a felicidade ( ou a paz) depois do desamor. Mais perfeito impossível. Ando exatamente nesta fase.

    Bjo

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  3. É isso mesmo. O amor dói na gente, quando a dor acaba de vez é porque o amor morreu (nasceu a indifereça). Mas e então? Desejo doer para sempre?

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  4. Essa indiferença sempre nos faz diferente... melhor, na maioria das vezes.
    No proporciona um encontro com nós mesmos.

    Linda a rima...

    Beijo doce!

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  5. Amei o texto e as palavras aí ditas. Mesmo que as histórias de vocês não tenham convergido, é gratificante saber que os seus desejos a ela são os mais lindos... o de ficar bem!
    Nessa tua estrada, vejo que aprendeu a curar dores do modo mais sublime e digno.

    Um super beeijo, Tradutor de Sentimentos!

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  6. é bom quando pessoas que amamos algum dia nos fazem um bem nem que seja em prol de nossas realizações.


    bjs'

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  7. CARAMBA :O
    é como se você escrevesse sobre mim, sobre o que eu penso e sobre coisas que eu quis dizer, um dia...
    incrível. incrível. incrível.

    Beijo de luz.

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  8. Putz!

    [PANCADA nº3]

    (Interação com algum post meu... rs)

    É sempre assim, no fim nos faz fortes!
    Ainda bem...

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  9. dentro do ódio more um restinho de amor...mas na indiferença, não mora nada, ela é quase tão perto do nada quanto o tudo.
    beijos :*

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