quarta-feira, 29 de setembro de 2010

De Perto

Autocontrole. Foco. Olha, o sinal abriu. É que quando você fala, as buzinas cessam e o motor também quer ficar parado, sem trabalhar, ouvindo a voz. A sua. É autocontrole novamente, te deixo e vou.
Relances de algo que vou procurar evitar, por sobrevivência. Sei bem como termina e a jurisprudência está mais que consolidada. É para manter as mesmas palavras: foco, autocontrole, não posso largar mão disso agora. Posso?

É esse meu jeito para ser carente profissional. Advogo por tanta gente e tanta causa perdida, que quando te encontro as coisas ainda fazem algum sentido. Uma grande amiga e professora dizia que eu não resistia a uma boa conversa e um sorriso torto. Ando resistindo, insistindo nisso, porque eu sei das consequências. O problema todo é diagnosticado, como que por ironia e gozação do destino, por uma banda que vem logo para cá. Os paralamas soltam agora, quando você está sorrindo para mim: "não sei viver só e sem sonhar,sem fé,sem ter alguém. Faz tempo que eu te espero e que te quero bem". Tempo que eu consegui manter as mesmas palavras de antes: autocontrole, foco, resistência.

Mas como carente profissional suicida, eu quero te ver de perto. Nem que seja numa canção ou no coração. Embora seja certo que é um certo querer, um querer-bem que não consegue ultrapassar o "mas". O mais das vezes é isso, não ter controle no querer e mais uma vez, prometendo ser a última, esquecer as mesmas palavras: foco, autocontrole e o que mesmo?

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Uns dias..

Não é pose, nem positivismo, nem qualquer tentativa charmosa para chamar a atenção. rs. O sumiço passa mais por um tempo, ou a falta dele, em que essa vida de adulto me pediu uma atenção a mais. Não pensem que deixei de comer sucrilhos e neuroses, que não passei pela rima e pelo café, que diversas vezes eu não quis falar disso ou que antes de dormir eu não olhei e abracei a "minha" bonequinha de seda.

Eu tive fora uns dias, como diriam os paralamas, numa onda diferente. E provei tantas frutas, sabores, cheiros, restaurantes e coloquei à venda a Casá Pré-Fabricada. O mundo tem disso: roda e a roda viva leva tudo para lá mesmo. Tive que mudar hábitos e habitat. E continuo procurando pelo tal do amor.

Eu ando pedindo forças. Pedindo foco. Só espero que eu não perca o encontro quando fechar os olhos para recuperar o fôlego perdido na procura. O meu coração anda com jeito de bem-me-quer. Agosto passou, setembro quase finda. "Abre essa janela, primavera quer entrar".


Tenho lido processos, procedimentos, ficha limpa. Discutido teses, tentando não julgar pessoas. Venho tentando me entender. Uns dias não consigo, noutros nem tento. As saudades extrapolam esse coração. A vontade é de ficar bilionário e trazer todos, que por aqui passam para deixar seu cheiro, para perto. 

"Que saudades! Agora, me aguardem". Essa é uma volta, uma promessa de não mais abandonar o Agravo de Instrumento. Torço para que as energias estejam positivas. Que a vida ande bonita, apesar de que poderia estar melhor...mas será!

Um beijo especial para Maria Fernanda, Tay, Fê Bellusci, Lua, Rayssa que sempre vinham me pedir algumas palavras. "Eu te procurei para me confessar, eu chorava de amor e não porque sofria.."